Escócia elege sua mais significativa descoberta arqueológica de 2020
A pesquisa vencedora teve início em 2011 e só foi finalizada após quase uma década
Em maio deste ano, pesquisadores encontraram vestígios de que os povos pictos, que habitaram a Escócia entre os séculos 5 e 11, também estabeleceram um assentamento no topo da colina Tap O ‘Noth, cuja elevação atinge 563 metros. A informação havia sido divulgada pelo portal The Northern Scot, que agora também fez outra revelação importante.
A expedição, liderada pelo professor escocês Gordon Noble, foi aclamada como a mais significativa descoberta arqueológica do país deste ano. Levando ao pé da letra a descrição do estudioso sobre o passado que ele conseguiu recriar: “os resultados foram simplesmente incríveis”.
Em maio, Noble anunciou que, com amostras coletadas da região e datadas por radiocarbono, foi possível concluir que havia cerca de 800 cabanas nas proximidades, contrariando outras teses anteriores de que o local havia sido habitado antes dos pictos chegarem.
“Por causa da escala do forte e sua localização ao lado de uma colina nas margens do Cairngorms, alguns estudiosos sugeriram ocupação datada de uma época em que o clima era mais quente, possivelmente durante a Idade do Bronze”, disse Gordon. “Eles mostram que o enorme forte datava do quinto ao sexto século e que foi ocupado ao mesmo tempo em que o complexo de elite no vale da fazenda Barflat” — uma das maiores fortalezas medievais do país.
O estudo é de grande importância, pois, como explica o pesquisador, “anteriormente, supúnhamos que seria necessário chegar ao século 12 na Escócia antes que os assentamentos começassem a atingir esse tamanho”. Ao celebrar sua descoberta, o homem também enfatizou que ainda há muito o que aprender.
Fonte: Aventuras na História