Política

Os três governos de Lula

Nos dois primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente do Brasil, ele foi presenteado com um momento muito próspero da economia mundial. Com a prosperidade batendo às portas de muitos países, a China, por exemplo, experimentou crescimento da ordem de 13% em 2007 e, com o aumento no preço das comodities, ficou mais fácil para governar.
A arrecadação tributária todos os anos batia recordes, facilitando o equilíbrio das contas públicas. A partir de 2002, ocorreu um evento marcante na dívida externa brasileira. Ela diminuiu de forma drástica e, hoje, o valor da dívida externa do Brasil responde por menos de 5% de todo o estoque da dívida do Brasil.

No entanto, é importante ressaltar que o governo alcançou esse resultado com um grande aumento da dívida interna do País. Assim, embora o problema da dívida externa brasileira esteja controlado, a situação geral da dívida pública está longe de uma solução adequada.
Num jogo de contas, o Governo Lula trocou a dívida externa brasileira, com juros menores, por uma imensa dívida interna, pagando juros que são baseados na Selic, atualmente com a taxa na casa dos 13,75%. Durante o governo da petista Dilma Rousseff o mundo já tinha passado por transformações e em 2014/2015 começou uma forte recessão na economia, que agravou nossos problemas internos.

Com o descontrole da inflação e o alto índice de desemprego, o Brasil era uma locomotiva desgovernada, rumo ao precipício. Foi então que o sistema político entendeu que Dilma tinha que sair do governo, pois o Brasil estava indo de mal a pior.
Veio Michel Temer, e as coisas começaram a tomar direção. Foi aprovada a Lei do Teto de Gastos, que procura limitar os gastos do governo, para impedir o aumento desordenado das despesas públicas. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, havia oito anos que o Brasil não registrava superávit primário nas contas públicas, o que veio a ocorrer em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro.

Superávit primário não quer dizer crescimento, indica apenas que as receitas do governo superaram as despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Isso mostra que o Brasil estava no caminho certo.
Neste ano de 2023 já há previsão de que as contas públicas novamente entrarão no vermelho. Segundo os planos do governo atual, somente a partir de 2026 o Brasil vai novamente experimentar o Superávit Primário nas contas públicas. Este terceiro mandato de Lula, que eu espero ser o último da vida dele, vai servir para tirar uma prova importante.

Eu sempre achei que Lula e a turma do PT são péssimos governantes, prova disso são os resquícios do que aconteceu no Brasil inteiro, onde esse pessoal governou, principalmente em estados como Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, nos quais, atualmente, estão longe de voltar ao poder político.
Se nos dois primeiros mandatos Lula foi favorecido pelo bom momento da economia mundial, o mesmo não acontece agora, já que o mundo experimenta dificuldades, devido a crises e problemas com a guerra, preço do petróleo e dos alimentos, além de outros. Neste momento, para governar o Brasil são necessárias inteligência e sabedoria, coisa que falta para Lula, Haddad, Gleisi, e outros petistas pendurados no poder político.

Embora Jair Bolsonaro não seja dotado de grande sabedoria, vejo que ele tinha uma visão de Estado mais promissora, e escolheu várias figuras técnicas para cargos importantes do governo, que possibilitou, no final de seu mandato, entregar o Brasil com as contas públicas no azul.
Vermelho é a cor predileta do socialismo, para o vermelho do Déficit fiscal estamos caminhando com Lula, e não há planos para mudar essa triste realidade. O terceiro governo servirá para os brasileiros saberem se Lula é mesmo um bom governante, ou se apenas foi beneficiado pelo bom momento da economia mundial, quando governou o País nos dois primeiros mandatos.
Só o tempo nos dará essa resposta.

Márcio Greik

Márcio Greik

Delegado Federal

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