Táxis voadores roubam cena em feira internacional e acenam para transporte limpo
Com aviação global sob crescente pressão para reduzir emissões, veículos voadores elétricos ganham espaço nos planos de metrópoles
Os táxis voadores elétricos ocuparam o centro do palco no Singapore Airshow, em um momento em que a pressão para a economia global reduzir as emissões e se recuperar da pandemia leva as companhias aéreas a investir em propostas de trajetos curtos dentro das cidades com veículos movidos a bateria.
Embora as vendas de aeronaves convencionais na feira tenham sido modestas, a AirAsia chegou a um acordo com a empresa de leasing de aeronaves Avolon, que encomendou 500 aeronaves VX4 da startup do Reino Unido. Também a Embraer e a Microflite, uma operadora de helicópteros australiana, anunciaram um pedido de até 40 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical, ou eVTOLs, para apoiar o início das operações na Austrália em 2026.
“A descarbonização é o maior desafio do mundo que nossa geração enfrenta, e também é a maior oportunidade que temos no setor de aviação”, disse Domhnal Slattery, CEO da Avolon. “A eletrificação das aeronaves é um primeiro e importante passo nessa jornada”, completou ele, segundo a agência Bloomberg.
Um número crescente de transportadoras está analisando o mercado de aeronaves movidas a bateria para conectar centros de negócios a aeroportos e transportar pessoas entre cidades. Companhias aéreas tradicionais, incluindo American Airlines, Virgin Atlantic Airways e Japan Airlines, juntas, encomendaram centenas de eVTOLs verticais.
Enquanto isso, startups como Eve, Vertical e Joby Aviation estão correndo para refinar a tecnologia e obter certificações de segurança. O impulso promete expandir uma geração de aeronaves com emissões mais limpas que permitem às transportadoras oferecer viagens rápidas e com preços razoáveis, competindo com serviços de helicóptero, táxi e trem.
Com estimativa de ter 82,5 mil eVTOLs para transporte de passageiros em operação até 2050, a região da Ásia-Pacífico será responsável por 51% do mercado global, de acordo com um estudo da Rolls-Royce divulgado esta semana. Esse tipo de aeronave pode ser usado como transporte rumo a aeroportos, para voos turísticos relativamente curtos ou viagens intermunicipais, voando até 250 quilômetros sem recarregar, de acordo com o estudo.
Fonte: Um Só Planeta