Meio ambiente

‘Precisamos acordar para a iminente crise da água’, alerta secretário-geral de meteorologia da ONU

Enchentes se tonarão mais comuns; cidades devem se planejar para lidar com eventos climáticos extremos

A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) publicou seu relatório anual um estudo que aponta que o planeta vive em uma “iminente” crise hídrica. O tema principal do relatório “The State of Climate Services 2021: Water” é o chamado estresse hídrico: o planeta passa por um aumento de demanda hídrica, mas as fontes de água doce estão se esgotando. A OMM, que é ligada a Organização das Nações Unidas (ONU), pediu para que os países atuem urgentemente para reduzir as emissões de carbono e tenham um projeto para conter a crise hídrica.

Crise hídrica terá impacto na alimentação e na moradia
“No ano passado, assistimos a uma continuação de eventos extremos relacionados com a água. Em toda a Ásia, chuvas extremas causaram inundações maciças no Japão, China, Indonésia, Nepal, Paquistão e Índia. Milhões de pessoas foram deslocadas e centenas foram mortas. Mas não é apenas no mundo em desenvolvimento que as inundações causam grandes transtornos. Inundações catastróficas na Europa causaram centenas de mortes e danos generalizados”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em entrevista coletiva.

Secretário-geral da MMO alerta para crise hídrica global causada por aquecimento global; enchentes e secas irão aumentar nas próximas décadas (Foto: Divulgação/Nações Unidas)

O relatório afirma que os desastres relacionados com enchentes aumentaram 134% entre 2000 e 2020 em uma comparação com as duas décadas anteriores. Além disso, secas aumentaram em 29% no mesmo período.
O documento também aponta que, daqui a 19 anos, cinco bilhões de pessoas estarão em situação de estresse hídrico, ou seja, mais da metade da população global viverá em insegurança de acesso à água (vale lembrar que as estimativas afirmam que o planeta abrigará nove bilhões de seres humanos em 2050).
Segundo os dados levantados na pesquisa, houve um aumento de 7% na umidade da atmosfera. Isso significa que as chuvas se intensificarão e que as cidades precisam estar prontas para lidar com essas chuvas e que é necessário um esforço global para melhorar a infraestrutura dos polos urbanos.
“Precisamos acordar para a iminente crise da água. O aumento das temperaturas está mudando os níveis de precipitação globais e regionais, criando transformações nos padrões de chuva e distorcendo as colheitas da agricultura. Tudo isso causará um impacto enorme na nossa segurança alimentar, na nossa saúde e no bem-estar da humanidade”.

Fonte: Hypeness

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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