Meio ambiente

Dia Internacional do Urso Polar: cinco curiosidades sobre o ameaçado “Rei do Ártico”

Proteger os filhotes, bem como os futuros papais, é crucial para garantir a preservação da espécie, que já está ameaçada pelo aquecimento global e pela perda de habitat

27 de fevereiro é o Dia Internacional do Urso Polar, data comemorativa criada em 2011 pela ONG Polar Bears International para chamar a atenção para as muitas ameaças que a espécie icônica enfrenta. A escolha do mês não é por acaso: fevereiro é o período do ano em que as fêmeas dos ursos polares constroem seus ninhos para acolher os filhotes recém-nascidos no Ártico, um esforço, por vezes, excruciante para as mães.
O urso polar é rotulado como vulnerável pela lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que estima que existam entre 20 mil e 25 mil ursos em cinco países, EUA (Alasca), Canadá, Rússia, Groenlândia e Noruega.
Extremamente adaptados ao ambiente gelado — das suas patas peludas e antiderrapantes até as pontas de suas pequenas orelhas que conservam calor — esses animais impressionantes vagam por vastas áreas para encontrar comida e companheiros.

Proteger os filhotes, bem como os futuros papais, é crucial para garantir a preservação da espécie, que já está ameaçada pelo aquecimento global e pela perda de habitat. O degelo marinho pressiona o território de caça e de tocas dos ursos em ritmo preocupante. Aproveitando este dia conscientização, convidamos você a conhecer mais sobre este magnífico animal — muitas vezes chamado de “Rei do Ártico”, a partir de cinco curiosidades que listamos a seguir:

(Foto: Hans-Jurgen Mager/Unplash)

1. Os ursos polares são classificados como mamíferos marinhos
Como eles passam a maior parte de suas vidas no gelo marinho do Oceano Ártico, dependendo do oceano para sua alimentação e habitat, os ursos polares são as únicas espécies de ursos a serem consideradas mamíferos marinhos.

2. Por trás da pelugem branca como a neve, eles possuem pele preta
Embora os filhotes de urso polar nasçam com a pele rosada, quando eles atingem quatro meses de idade e deixam suas tocas para explorar o mundo, a pele fica preta. Os cientistas não sabem explicar ao certo as razões para isso, mas supõem que as cores mais escuras são melhores para absorver o calor do Sol, o que é uma vantagem para o animal que precisa se manter aquecido no Ártico. A pele escura também possivelmente protege o urso da radiação UV prejudicial.

3. Exímios nadadores
O nome científico dos ursos polares é Ursus maritimus, que se traduz em “urso marinho”. Essas criaturas magníficas não apenas andam dezenas de quilômetros nas camadas de gelo do Ártico, podendo atingir até uma velocidade de até 40 quilômetros por hora, mas também nadam por longas distâncias nas águas costeiras para ir de um bloco de gelo ao outro. As patas grandes são especialmente adaptadas para nadar e para remar pela água enquanto as patas traseiras planas seguem firmes como um leme.

4. Mas caçadores “azarentos”…
Embora um urso polar passe cerca de metade da vida caçando alimentos, suas investidas raramente são bem-sucedidas: apenas 2% dão certo. Focas são as presas preferidas dos ursos polares, que também vasculham carcaças e “petiscam” pequenos mamíferos, pássaros, ovos e vegetação.

5. Narizes que falam
Ursos polares possuem narizes altamente sensíveis, capazes de farejar uma presa que esteja até 16 km de distância. Com ajuda desse olfato afiado, eles se movem no ritmo do vento perseguindo novos aromas até encontrarem comida. E olha que curioso: se um urso quer pedir comida para outro que esteja se deliciando, ele se aproximará lentamente, circulará em torno da fonte de alimento e depois tocará suavemente o nariz do outro urso com o seu. Uma forma respeitosa e não agressiva para ganhar refeição grátis.

Fonte: Um Só Planeta

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