Arqueólogos começam a escavar tumba de cinco mil anos relacionada ao rei Arthur
A Pedra de Arthur, na Inglaterra, é cenário de antiga história na qual o monarca derrota um gigante
Pela primeira vez, arqueólogos começaram a escavar uma tumba de cinco mil anos ligada ao legendário rei Arthur. O local, chamado Pedra de Arthur, data do neolítico, mas está ligado ao personagem desde antes do século 13, conforme uma antiga lenda.
As escavações foram anunciadas no dia 1º de julho em comunicado da Universidade de Manchester, cujos especialistas lideram a pesquisa. A equipe trabalha em parceria com a English Heritage, que cuida do sítio em Herefordshire, na Inglaterra.
O grupo está trabalhando para remover grama, expondo os vestígios arqueológicos da tumba com câmaras. Diz a lenda que foi lá que Arthur matou um gigante que deixou a impressão de seus cotovelos em uma das pedras ao cair com o golpe.
Atualmente, restam apenas as grandes pedras da câmara interna da tumba. Esta é formada, ao todo, por nove pedras verticais, com uma enorme pedra angular com mais de 25 toneladas. Supunha-se que a Pedra de Arthur estava dentro de um marco de pedra similar a outros achados em Cotswolds e South Wales, mas os pesquisadores descobriram que não é o caso.
Em vez disso, o lugar pode ter tomado a forma de um monte baixo com extremidades arredondadas.
“A Pedra de Arthur é um dos monumentos pré-históricos mais notáveis deste país, situado em um local de tirar o fôlego, mas ainda é pouco conhecido”, conta o professor Julian Thomas, envolvido na pesquisa. “Nosso trabalho busca restaurá-lo ao seu devido lugar na história da Grã-Bretanha neolítica”.
Acredita-se que o escritor irlandês C.S. Lewis tenha se inspirado na área da pedra ao criar seu mundo fictício de As Crônicas de Nárnia. A Pedra de Arthur é, aliás, a inspiração para a mesa de pedra sobre a qual Aslan, o Leão, é sacrificado em “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”.
A nova escavação segue uma pesquisa realizada em 2021 pelas universidades de Manchester e Cardiff ao sul do monumento, que mudou o que se sabia sobre as origens do local. A organização de patrimônio arqueológico English Heritage recrutou voluntários para trabalhar ao lado dos arqueólogos fornecendo passeios pelo local da escavação, com agendamento prévio.
“Nossa equipe de voluntários maravilhosos estará à disposição para explicar as últimas descobertas à medida que elas acontecerem”, declarou Ginny Slade, gerente voluntária da instituição, em comunicado.
Fonte: Revista Galileu