Política

Eleições no Congresso: disputa pelo comando da Câmara e do Senado movimenta os bastidores da política

Votação está marcada para a próxima quarta-feira, dia 1º de fevereiro

No Brasil, as eleições para a Presidência da Câmara dos Deputados e do Senado são realizadas a cada dois anos. A disputa para ambas as Casas é um processo que está sujeito às normas previstas na Constituição Federal, na legislação eleitoral e ao Regimento Interno do Congresso Nacional. Ele é definido pelo voto direto dos parlamentares, que formam o Colégio Eleitoral e escolhem os seus respectivos representantes.

As eleições são realizadas através de um sistema com votação secreta, em que cada deputado ou senador deposita seu voto em uma urna. O candidato vencedor é aquele que recebe a maioria dos votos dos membros do Colégio Eleitoral. Os presidentes da Câmara e do Senado são responsáveis pelo comando das sessões legislativas; acompanhamento dos trabalhos legislativos; representação da Casa na relação com os demais Poderes e entidades e, também, exercem funções de direção e orientação do Poder Legislativo.

Nomes na disputa
Atuais chefes, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) vão tentar se reeleger. Na Câmara, parlamentares dão como certa a vitória de Lira. O outro candidato é o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Já no cenário do Senado, a expectativa é de acirramento e busca por voto a voto. Isso porque, enquanto Pacheco deverá contar com o apoio massivo de senadores da base aliada do governo Lula, enquanto Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, deverá contar com os votos da oposição e do Centrão.

No meio dos dois, tem ainda a candidatura de Eduardo Girão, do Podemos-CE, que deve puxar alguns votos específicos. Os trabalhos no Senado recomeçam na quarta-feira (1º) com a realização de reuniões preparatórias para a posse dos parlamentares eleitos em outubro de 2022 e a eleição dos presidentes das Casas e dos demais cargos da Mesa.

Disputa pela presidência do Senado fica acirrada entre Pacheco e Marinho

(Foto: Agência Senado)

O Conexão Política apurou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acredita que deve ser reeleito ao comando da Casa por mais dois anos. Com apoio de Lula (PT), Pacheco tem dito a aliados que deve cravar mais de 50 votos na disputa. Para ser eleito em primeiro turno, é preciso que um candidato tenha, no mínimo, 41 votos.

Mas tudo indica que a batalha não será tão fácil. O principal adversário dele é o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), que aposta nos indecisos. Com apoio do PL, PP e Republicanos, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) diz a interlocutores que tem pelo menos 34 votos garantidos — o que mostra haver senadores prometendo votos aos dois candidatos.

Marinho tem sido enfático: não há jogo ganho para Pacheco e os indecisos definirão a eleição. Como o voto é secreto, deve haver traições de ambos os lados. Ele também conta com a migração dos votos do terceiro candidato e menos competitivo na disputa, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

Fonte: Conexão Política

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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