Meio ambiente

Íbis brilhante é avistado pela primeira vez em região da Escócia

Aves tropicais estão aparecendo em “números nunca antes vistos” no Reino Unido

Por Gabriel Marin

Uma ave aquática extremamente rara foi avistada pela primeira vez em uma região da Escócia, marcando um evento inédito para os observadores locais. O íbis brilhante — conhecido por sua plumagem metálica de tons esverdeados e bronze — tem sido visto em várias partes do Reino Unido neste ano, em um número considerado sem precedentes.
A organização ambiental RSPB Escócia (Royal Society for the Protection of Birds) confirmou que a espécie, geralmente encontrada em climas mais quentes do sul da Europa, norte da África e partes da Ásia, está sendo registrada “em números nunca antes vistos” no país em 2025. Especialistas acreditam que invernos mais amenos provocados pelas mudanças climáticas podem estar contribuindo para a expansão do habitat dessas aves em direção ao norte.

O íbis brilhante é uma visitante rara nas Ilhas Britânicas, mas o aumento da temperatura média e a alteração dos padrões de migração parecem estar permitindo que elas encontrem condições favoráveis aqui”, afirmou um porta-voz da RSPB ao Independent.

O aparecimento da espécie em novas áreas levanta questões sobre os impactos ambientais mais amplos do aquecimento global na fauna do Reino Unido. Embora o fenômeno encante os observadores de pássaros, os cientistas alertam que o deslocamento de espécies pode indicar mudanças profundas nos ecossistemas locais, afetando o equilíbrio entre aves nativas e visitantes.

Ainda não está claro se o íbis brilhante passará a se estabelecer permanentemente na Escócia ou se as aparições são apenas sazonais. Segundo o ‘Independent‘, pesquisadores continuarão monitorando a população ao longo dos próximos meses para determinar se a espécie está se adaptando ao novo ambiente.

O íbis brilhante, também conhecido pelo nome científico Plegadis falcinellus, mede cerca de 60 centímetros e é facilmente reconhecido por seu bico longo e curvado, usado para capturar insetos, crustáceos e pequenos peixes em áreas úmidas. Sua presença na Escócia pode também refletir mudanças nas rotas migratórias, com aves desviando-se de seus trajetos tradicionais em busca de alimento e habitats adequados.

Fonte: Aventuras na História

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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