Indicado ao STF, Messias sabia dos acordos ilegais do sindicato do irmão de Lula, diz Estadão

A cada nova revelação, fica mais difícil sustentar a narrativa de que o governo Lula combate irregularidades “doa a quem doer”. O que vem à tona agora é mais grave: a AGU tinha em mãos um alerta interno apontando o sindicato ligado ao irmão do petista como suspeito em fraudes e, simplesmente, engavetou. A informação foi divulgada pelo Estadão.
O ministro da AGU, Jorge Messias, ignorou um relatório produzido por 63 procuradores da própria instituição que listava o Sindnapi, do vice-presidente Frei Chico, como uma das entidades com mais queixas por descontos ilegais contra aposentados — um esquema que desvia bilhões de quem menos pode se defender. Mesmo com esses elementos, Messias deixou o sindicato de fora da ação que pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens, após a Operação Sem Desconto da Polícia Federal.
Seis das nove entidades consideradas “principais suspeitas” no documento interno foram convenientemente poupadas. Isso não é descuido. Isso é blindagem. O documento interno da AGU, de abril de 2024, foi explícito: apontou entidades com aumento significativo de ações por descontos não autorizados; identificou o Sindnapi entre os principais suspeitos; recomendou ao INSS abertura de processo administrativo para cancelar convênios, e sugeriu providências imediatas diante dos indícios de irregularidade.
Ou seja, o governo sabia de tudo. A AGU sabia de tudo. E mesmo assim, quando Messias foi à Justiça, escolheu ignorar as suspeitas envolvendo o sindicato do irmão do petista e outras entidades amarradas politicamente ao PT. É o tipo de seletividade que, em qualquer país sério, derruba ministro. Do conjunto de entidades citadas no alerta interno — Sindnapi, Conafer, Master Prev, Cobap, Unipab e Abamsp — nenhuma figurou entre os primeiros alvos da AGU, apesar de todas estarem associadas a reclamações recorrentes.
Pior: a própria Polícia Federal já havia identificado que o suposto esquema envolvia sindicatos robustos como o Sindnapi e a Contag, ambos historicamente ligados ao PT, PCdoB e à máquina sindical que sustenta o governo. A Contag arrecadou R$ 3,4 bilhões entre 2016 e janeiro de 2025. O Sindnapi movimentou R$ 1,2 bilhão entre 2019 e 2025. Bilhões arrancados de aposentados — muitos enganados, outros sequer sabendo que estavam pagando contribuições associativas que nunca autorizaram.
Pressionado, Messias afirma que o relatório não servia para “identificar fraudes”. A desculpa não se sustenta nem por cinco segundos: o documento, por escrito, diz que era para preparar pedido de cancelamento de convênios e para abrir averiguações de irregularidades. Milhões de aposentados prejudicados, bilhões desviados — e a AGU, que deveria defendê-los, escolher atuar como escudo para entidades politicamente próximas do governo. Se este episódio não for investigado a fundo, o recado será claro: no Brasil de 2025, quem tem ligação com Lula não presta contas nem quando documentos oficiais apontam irregularidades. (Fonte: Hora Brasília)
EUA classificam Cartel de los Soles, grupo supostamente comandado por Maduro, como organização terrorista

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou, no domingo (16), que o Cartel de los Soles — grupo apontado por investigações norte-americanas como comandado pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro — será oficialmente designado como Organização Terrorista Estrangeira (FTO, na sigla em inglês). A decisão, divulgada por Rubio em publicação no X, representa a mais dura medida já adotada por Washington contra o regime chavista e pode abrir base jurídica para operações militares mais amplas no país vizinho.
Segundo Rubio, o cartel “corrompeu instituições da Venezuela” e atua conjuntamente com outras organizações terroristas, além de ser responsável pelo tráfico de drogas para EUA e Europa. Autoridades americanas afirmam que o grupo opera em parceria com o Tren de Aragua, organização criminosa transnacional envolvida no envio de cocaína e outras drogas para a América do Norte.
A medida ocorre em meio à escalada militar ordenada por Donald Trump nas últimas semanas. Desde outubro, os EUA intensificaram bombardeios contra embarcações suspeitas no Caribe e no Pacífico, destruindo 21 barcos usados por narcotraficantes. Segundo levantamento da AFP, ao menos 83 pessoas ligadas às redes de tráfico morreram em ações norte-americanas em águas internacionais. Na sexta-feira (14), Trump deu início à operação militar “Lança do Sul”, liderada pelo Comando Militar Sul, que mobiliza cerca de dez navios de guerra, 12 mil militares e o porta-aviões USS Gerald R. Ford — o maior do mundo — que entrou no último domingo (16) no Mar do Caribe.
Analistas observam que a designação do cartel como FTO pode ser a peça que faltava para habilitar ações militares diretas contra o núcleo do regime venezuelano, uma vez que o enquadramento como terrorismo permite operações ofensivas no exterior. Ao mesmo tempo, Trump afirma estar disposto a conversar com Maduro, declarando que “qualquer conversa é possível”, embora tenha deixado claro que a pressão militar continuará.
Maduro, por sua vez, alterna gestos de tensão e diplomacia: convoca milícias para resistir a uma eventual invasão, mas ao mesmo tempo fala em “paz” e tenta sinalizar abertura. No sábado (15), chegou a cantar Imagine, de John Lennon, em evento público. Enquanto isso, a ofensiva norte-americana avança, e cresce a percepção de que o contexto militar e a classificação do Cartel de los Soles aproximam a região de um novo ponto de inflexão na crise venezuelana. (Fonte: Hora Brasília)
Líder do PT na Câmara enfrenta isolamento após sucessivos embates e desgaste com Hugo Motta

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), tem acumulado atritos dentro do colégio de líderes e ampliado seu desgaste com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). De perfil combativo e historicamente alinhado a Lula, Lindbergh tem contrariado decisões majoritárias, provocado confrontos frequentes com a oposição e provocado ruídos na própria base.
O episódio mais recente ocorreu durante a reunião de líderes em 11 de novembro, quando discutiu duramente com Motta sobre a escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para relatar o chamado “PL Antifacção”. A indicação, vista pelo petista como ideológica, levou o presidente da Câmara a bater na mesa e reafirmar sua prerrogativa — gesto que, segundo relatos, evidenciou o clima de tensão crescente.
A atuação de Lindbergh no comando da segunda maior bancada da Casa tem sido marcada por embates acalorados e pelo aumento da judicialização envolvendo parlamentares. Nos bastidores, líderes afirmam que sua postura tem provocado isolamento progressivo dentro do colegiado, inclusive entre aliados do próprio governo. Após a discussão, Motta reuniu líderes para uma coletiva ao lado de Derrite — sem a presença do petista. Apesar do desgaste, o Planalto mantém Lindbergh como figura relevante no diálogo político, mas auxiliares admitem que sua condução tem criado ruídos num momento em que o governo busca estabilizar a base para votações sensíveis e reduzir tensões entre Executivo e Legislativo. (Fonte: Hora Brasília)
Diário de terrorista confirma que Hamas utiliza hospitais, escolas e clínica da ONU como base em Gaza

Por John Lucas
Um diário pessoal de Khaled Abu Akram, comandante de pelotão do Hamas, descoberto pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) durante operações em agosto na cidade de Beit Hanoun, no nordeste de Gaza, confirmou que o grupo terrorista utilizava escolas, hospitais e clínicas da ONU como pontos de emboscada, armazenamento de equipamentos e fonte de recursos essenciais no enclave palestino.
O documento, segundo informações do jornal Jerusalem Post, contém registros manuscritos que detalham como estruturas civis protegidas eram sistematicamente convertidas pelos terroristas palestinos em infraestrutura militar. Segundo o Jerusalem Post, Akram escreveu em uma das entradas do diário que montou uma emboscada dentro da escola Al-Naim depois que túneis próximos foram destruídos por bombardeios israelenses.
No registro, ele anotou: “fui com Abu Saleh preparar uma nova emboscada na escola Al-Naim depois que os túneis foram bombardeados e a emboscada anterior foi destruída”. O jornal diz que o trecho confirma o uso direto de escolas civis como posições militares pelo Hamas. O documento inclui outras evidências sobre o uso militar de prédios civis. De acordo com o JFeed, Akram detalhou no diário que sua unidade tentou utilizar um míssil não detonado — lançado por um F-16 israelense — escondido dentro de uma escola para preparar uma nova armadilha contra tropas israelenses durante a madrugada.
Ainda conforme o JFeed, o comandante terrorista também relatou o desvio de energia elétrica de um hospital — citado como possivelmente o hospital Al-Shifa — para abastecer equipes do Hamas. Em um trecho reproduzido pelo site, Akram registrou no diário o seguinte trecho: “ligamos um cabo de eletricidade do hospital à nossa casa para operar o poço”. Quando a energia se mostrou insuficiente, os terroristas instalaram um motor para aumentar a pressão da água, mostrando o uso clandestino e contínuo da infraestrutura hospitalar.
O JFeed acrescenta que Akram descreveu ainda o furto de equipamentos de uma clínica da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). O diário menciona explicitamente: “pegamos as baterias da clínica da Agência, removemos os painéis solares e preparamos o poço de água”. Segundo o portal, esse material era desviado para manter túneis e esconderijos subterrâneos operacionais. A ILTV News informou que as anotações reforçam denúncias feitas por Israel, segundo as quais o Hamas usa populações civis como escudo humano, se abriga em áreas protegidas e desvia bens humanitários para sustentar sua estrutura de combate. (Fonte: Gazeta do Povo)
Governo Lula amplia gasto com propaganda institucional e destina 57% do orçamento para promover programas e slogans oficiais

À medida que o calendário eleitoral se aproxima, o governo federal, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, reformulou a distribuição dos recursos publicitários da administração pública e ampliou de forma significativa o peso das campanhas institucionais. Segundo dados divulgados pela Folha de S.Paulo, 57% de todo o orçamento federal de publicidade hoje está direcionado para divulgar ações, programas e slogans do governo — como “Brasil Soberano”, o Gás do Povo e iniciativas de reconstrução social. Campanhas de utilidade pública, historicamente prioritárias, ficaram com 43% do total.
A mudança representa uma inflexão importante em relação ao padrão de anos anteriores. Em 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff, a maior parte dos recursos foi direcionada a campanhas educativas, como vacinação, prevenção a doenças e orientações sobre FGTS. Mesmo no último ano do governo Jair Bolsonaro, em 2022, quando a fatia institucional chegou a 50,6%, o percentual era inferior ao atual. Em 2025, porém, com novas diretrizes comandadas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), a prioridade passou a ser a promoção direta de programas do Executivo.
Nos últimos meses, o orçamento da Secom aumentou em mais de R$ 116 milhões, impulsionando o montante reservado para comunicação governamental. No total, os recursos somam R$ 1,54 bilhão: R$ 876,8 milhões para publicidade institucional e R$ 661,6 milhões para campanhas de utilidade pública. Os valores estão distribuídos entre vários ministérios e a própria secretaria.
A Secom nega motivação eleitoral ou política na reorientação das verbas. Em nota, afirmou que a comunicação institucional visa ampliar o acesso da população “às informações relacionadas aos serviços e entregas do governo federal”. Contudo, o aumento coincide com a chegada de Sidônio Palmeira ao comando da área — o mesmo marqueteiro responsável pela comunicação da campanha de Lula em 2022 — e com a adoção de uma estratégia digital mais agressiva.
Um novo contrato de comunicação digital, estimado em cerca de R$ 100 milhões por ano, prevê a produção de aproximadamente três mil vídeos para redes sociais, além de podcasts, videocasts e conteúdo multiplataforma. Segundo documentos da licitação, apenas os vídeos com apresentadores — 576 peças — deverão consumir R$ 12,3 milhões anuais. (Fonte: Hora Brasília)
Terceira Guerra Mundial? Holanda aumenta lista de países da Otan com manuais para preparar população para conflitos

Por Fábio Galão
Ao mesmo tempo em que os países da Otan aumentam seus gastos com defesa devido ao receio de uma invasão da Rússia, os governos das nações que compõem a aliança militar do Ocidente também estão adotando protocolos, manuais e guias de preparação para eventuais guerras.
O país mais recente a aderir a uma medida nesse sentido foi a Holanda. Domicílios holandeses receberão a partir da próxima semana um manual oficial com instruções para enfrentar as primeiras 72 horas de uma crise grave, desde ciberataques e apagões até inundações ou um possível conflito armado, em uma iniciativa que também busca um efeito dissuasório perante possíveis adversários.
O manual, intitulado “Prepare-se para uma situação de emergência”, tem 33 páginas e será distribuído entre 25 de novembro e 10 de janeiro, em uma campanha que pretende aumentar a preparação da população em um país que, segundo especialistas em segurança, continua sendo “muito vulnerável” a cenários extremos, anunciou, nesta terça-feira (18), o governo interino na emissora de televisão pública NOS.
O documento contém conselhos práticos para que os cidadãos possam ser autossuficientes durante os primeiros dias após uma catástrofe, nos quais as autoridades não poderão assistir imediatamente a toda a população. O conteúdo inclui cenários como um ataque informático que deixe o país sem eletricidade, a impossibilidade de se comunicar com familiares, supermercados desabastecidos, postos de gasolina fechados e dúvidas sobre a disponibilidade de água potável.
O documento aconselha os cidadãos a preparar um kit de emergência com cópias de documentos de identidade, um mapa do bairro, comida não perecível, água, um rádio a pilhas e um apito para avisar as equipes de resgate. Também sugere que sejam planejadas questões básicas, como quem buscará as crianças na escola se a comunicação digital falhar, como ajudar vizinhos com mobilidade reduzida ou o que fazer se o transporte público for interrompido.
Outros países da Otan já haviam adotado recentemente guias e protocolos para cenários de guerra. No ano passado, Berlim elaborou o “Plano de Operações Alemanha”, que estabelece uma série de protocolos para defesa do país em caso de invasão. Neste ano, a Polônia divulgou um manual com orientações sobre como proceder diante de eventuais conflitos, crises de saúde pública e desastres naturais, entre outros cenários.
Além de estar elaborando um guia semelhante, o governo da França enviou em julho uma carta às agências regionais de saúde determinando que hospitais estejam prontos até março de 2026 para atender milhares de soldados feridos em caso de conflito armado de grande escala. (Fonte: Gazeta do Povo)





















