Cáries e outras doenças bucais podem aumentar o risco de AVC
(Foto: iStock)
Pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul descobriram uma relação entre a má saúde bucal e problemas cardiovasculares, como o derrame
Uma pesquisa recente realizada por especialistas da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, aponta que problemas bucais, como cáries e a inflamação na gengiva, conhecida como doença periodontal, podem aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com os pesquisadores, a má saúde da boca também está associada a outras enfermidades cardiovasculares, como o infarto.
Os estudiosos analisaram dados de quase seis mil adultos norte-americanos por um período de mais de 20 anos, a fim de entender como o estado da boca impacta o cérebro e o coração. Dessa forma, eles descobriram que os voluntários que apresentavam cáries e doença periodontal simultaneamente tinham maior probabilidade de sofrer um AVC.
Além disso, conforme revelou o levantamento, o risco foi maior nas variações da doença ligadas à aterotrombose. A condição ocorre devido à formação de placas de gordura e coágulos nas artérias. Segundo os especialistas, esse acúmulo, por sua vez, surge do processo de infecção e inflamação das cáries. O estudo também identificou maior chance de outros problemas cardiovasculares graves vinculados à enfermidade que desencadeia o acidente vascular. Em contraposição, a pesquisa evidenciou que cuidados frequentes com a saúde bucal tendem a ajudar na proteção do coração, contribuindo para a prevenção de derrames.
Esses resultados sugerem que cuidar dos dentes e das gengivas pode ajudar a proteger o cérebro e o coração, reforçando a importância da higiene bucal como parte da prevenção de doenças cardiovasculares”, esclareceu a neurologista Gisele Sampaio, em entrevista à ‘Agência Einstein’.
O acidente vascular cerebral (AVC) é hoje uma das maiores causas de morte e incapacidade no país, superando até o infarto. De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, o Brasil registra entre 232 e 344 mil novos casos todos os anos, o que representa quase mil ocorrências por dia — ou um caso a cada minuto e meio. Os números reforçam a urgência de manter hábitos saudáveis e estar atento aos sinais de alerta. Confira a matéria completa.
Fonte: Bons Fluidos
