Meio ambiente

O assustador Megalodon, o maior tubarão que já nadou nos oceanos

Os gigantes das águas habitaram a Terra há milhões de anos e ainda deixam dúvidas

Uma das mais poderosas feras que já existiram na face da Terra não tem, sequer, sua aparência amplamente conhecida, mas somente as suas mandíbulas são motivos para instigar pesquisas. O megalodonte foi um parente do tubarão que pode ter atingido 18 metros de comprimento.
O monstro era de tamanha proporção que causou um grande impacto ecológico no ecossistema das comunidades marinhas de sua época, há meros 2,6 milhões de anos. As suas presas tinham que ser de tamanho suficiente para que pudessem alimentar os verdadeiros colossos que eram, portanto davam preferências a baleias, focas e tartarugas marinhas.

História e descoberta

No decorrer do Renascença, registros indicavam que fósseis triangulares gigantescos eram línguas petrificadas de monstros como dragões ou cobras gigantes. Isso durou até o século 17, quando o naturalista dinamarquês Nicolas Steno afirmou que se tratavam de dentes de tubarão, fazendo com que representasse pela primeira vez o animal.
O nome Megalodon foi utilizado primeiro por Louis Agassiz, um naturalista da Suíça, que por causa dos dentes tinha certeza de que se tratava de uma boca realmente poderosa.

Mandíbula

Curiosamente, grande parte dos restos de megalodontes diz respeito a mandíbulas e dentes da criatura. A primeira tentativa de reconstruir uma dessas arcadas dentárias teria sido feita em 1909, por Bashford Dean. O zoólogo americano fez a reconstrução de maneira pouco fidedigna aos ossos conhecidos hoje em dia, estimando que poderiam chegar a 30 metros de comprimento só levando em conta os dentes — sem provas atualmente.

Reconstrução de Bashford Dean em 1909 (Foto: Wikimedia Commons)

Dean, na verdade, superestimou o tamanho que as cartilagens desses tubarões teriam, tornando-as muito mais altas do que deveriam ter sido. Era por meio das mandíbulas que muitos pesquisadores tentavam imaginar o tamanho dessas criaturas em vida. Atualmente, as medidas se baseiam em análises modernas dos dentes.

Distribuição

Os megalodontes com certeza reinaram durante o tempo que estavam vivos. Além dos motivos óbvios, como a mordida com cerca de 250 dentes serrilhados, estava o fato de terem sido encontrados fósseis em diferentes lugares no mundo.
Na Europa, na África, nas Américas e na Austrália, pesquisadores foram capazes de localizar ossos desses animais, navegando em águas de regiões subtropicais, de temperatura entre 1 a 24 graus Celsius — relativamente baixas. Eles também habitaram tantas regiões de costa com baixa profundidade quanto ambientes profundos.

Réplica da boca do tubarão em museu nos EUA (Foto: Wikimedia Commons)

O que matou o gigante?

Embora ainda não exista uma resposta definitiva, a teoria mais aceita é que, por terem vivido durante um longo período, sofreram com as alterações do clima, especialmente com a glaciação dos polos. Essas mudanças não incomodaram propriamente os megalodontes, mas, sim, as presas.
Com o passar do tempo, existiam cada vez menos ofertas de alimentos para que os superpredadores pudesse se alimentar. Além disso, as alterações no ecossistema levaram a cada vez mais criaturas menores e mais ágeis, que conseguiam fugir das investidas dos megatubarões.

Fonte: Aventuras na História

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