Fóssil de 246 milhões de anos nos EUA era de ictiossauro gestante
Escavação dirigida pelo paleontólogo Martin Sander no estado de Nevada encontrou dois exemplares da espécie pré-histórica de réptil marinho
Um estudo realizado pelo paleontólogo Martin Sander encontrou dois fósseis de ictiossauros que viveram em águas onde hoje é o estado de Nevada, nos Estados Unidos. Entre os exemplares de 246 milhões de anos está uma fêmea, batizada como Martina, que estava grávida quando morreu.
Durante escavações nas Montanhas Augusta, Sander viu o que pareciam ser restos fossilizados de uma coluna de ictiossauro, espécie de réptil marinho que surgiu no início do Triássico Inferior. Depois, o cientista confirmou que a coluna era de Martina. Outra descoberta do paleontólogo é um crânio gigante de outro ictiossauro. “É a primeira grande coisa que viveu nesta Terra”, disse o cientista, em entrevista à Associated Press (AP).
A espécie de Martina, Cymbospondylus duelferi, não foi encontrada em nenhum outro lugar, de acordo com a pesquisa de Sander. Com cerca de 3,6 metros de comprimento, ela era menor que outros ictiossauros, porém seus dentes eram maiores do que o esperado e teriam como função ajudar a rasgar presas, como lulas e peixes.
O fóssil é o segundo mais antigo de um ictiossauro gestante. O mais velho é um espécime de 249 milhões de anos, descoberto na China. Esses enormes animais — que se pareciam com tubarões — permaneceram no topo da cadeia alimentar por milhões de anos.
De acordo com o que Sander disse à AP, Martina demonstra que esses répteis pré-históricos se adaptaram para dar à luz na água, em vez de botar ovos na terra, um local menos seguro contra predadores.
Fonte: Revista Galileu