Pensamentos negativos constantes aumentam risco de Alzheimer, diz estudo
Pesquisa aponta que esse tipo de comportamento está associado a um maior acúmulo no cérebro de proteínas causadoras da demência
Afastar pensamentos negativos recorrentes não é uma recomendação apenas daqueles adeptos de uma vida good vibes. Segundo um estudo liderado pela Universidade College London, na Inglaterra, ter esse tipo de comportamento com frequência pode aumentar o risco de Alzheimer.
A pesquisa, publicada no último dia 7 de junho na revista científica Alzheimer & Dementia, analisou 360 pessoas com mais de 55 anos e percebeu que pensar sempre em coisas ruins está ligado a uma maior quantidade de proteínas no cérebro que são as responsáveis pelo Alzheimer.
A equipe monitorou os voluntários durante dois anos. Além de responderem a perguntas sobre o que pensam acerca de experiências negativas, os participantes foram submetidos a exames que avaliaram a deposição das proteínas tau e amiloide, que levam ao Alzheimer quando se acumulam no cérebro.
Os cientistas notaram que as pessoas que passaram mais tempo pensando em coisas negativas apresentaram maior acúmulo dessas proteínas. O comportamento também foi associado a uma pior memória e a um maior declínio cognitivo em um período de quatro anos em comparação àqueles que não eram pessimistas.
“Esperamos que nossas descobertas possam ser usadas para desenvolver estratégias que reduzam esse risco nas pessoas, ajudando-as a diminuir seus padrões de pensamento negativo”, conta Natalie Marchant, principal autora do estudo, em comunicado.
Gael Chételat, coautor da pesquisa, ressalta que práticas mentais como meditação podem ajudar a promover pensamentos positivos — e afastar aqueles que fazem mal ao corpo e à mente.
Fonte: Revista Galileu