Cursos de federais têm melhores resultados em indicador de qualidade
CPC é um dos principais indicadores do ensino superior
Cursos de instituições públicas federais obtiveram os melhores resultados no Conceito Preliminar de Curso (CPC), divulgado hoje (9) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O CPC é um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior. Os resultados são referentes a 2019. Entre os cursos avaliados estão medicina, enfermagem e engenharias.
O indicador segue uma escala de 1 a 5. O conceito 3 é uma espécie de média. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que obtiveram desempenho superior, recebem os conceitos 4 ou 5.
Ao todo, 1.008 cursos de instituições federais obtiveram conceito 4 e 68 cursos, conceito 5. Isso significa que 75,7%, ou três a cada quatro cursos avaliados nessas instituições, estão “acima da média”, com conceitos 4 ou 5.
Entre as instituições privadas, que são as que concentram mais de 75% das matrículas de estudantes dos cursos avaliados, 1.068, o equivalente a 31% dos cursos de instituições com fins lucrativos, e 1.047, o equivalente a 38% dos cursos de instituições sem fins lucrativos, obtiveram os maiores conceitos.
Educação a distância
Entre os cursos a distância, 23,3% obtiveram conceitos 4 ou 5. A educação a distância representa, no entanto, apenas 2% de todos os cursos avaliados. Considerando somente os cursos presenciais, a porcentagem “acima da média” foi maior, 42,7% obtiveram conceitos 4 ou 5.
Indicador de qualidade
O CPC leva em consideração diferentes aspectos dos cursos de graduação, como o desempenho dos estudantes nas provas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a percepção dos próprios estudantes em relação ao curso e à formação dos professores.
A cada três anos, um conjunto diferente de cursos é avaliado no Enade. São os mesmos que têm o CPC divulgado pelo Inep. No ano passado, foram cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.
Ao todo, foi o calculado o CPC de 8.188 cursos de graduação de 1.215 instituições de ensino superior. Considerando todas as instituições e as modalidades, 22 cursos – o equivalente a 0,3% – obtiveram conceito 1, o mais baixo; 665 cursos, ou 8%, o conceito 2; 4.034 cursos, ou 49,3%, conceito 3; 3.255 cursos, ou 39,8%, obtiveram conceito 4; e, 212, ou 2,6%, o conceito 5, o máximo.
De acordo com o Inep, além de subsidiar a definição de politicas públicas, os resultados do CPC são utilizados como critério seletivo ou de distinção em processos de supervisão e regulação da educação superior; na construção de matriz de distribuição orçamentária para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; e em programas e políticas públicas do governo federal, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni).
Foto: Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil