Médico brasileiro lança obra que denuncia violência sexual infantil

O primeiro estupro: a morte de minha alma, de Volnei Tavares retrata as consequências do abuso sexual na vida de homens que foram vítimas do crime quando crianças
Lançada em 2020, pela Editora Chiado Books, a obra ‘O primeiro estupro: a morte de minha alma’, de Volnei Tavares, retrata um assunto que ainda hoje é considerado tabu pela sociedade: a violência sexual contra homens.
Assinada pelo pseudônimo Joaquim Manoel da Silva, esta obra foi escrita a partir das observações e experiência de Tavares trabalhando como médico e sociólogo. Embora o livro seja resultado de sua criatividade, a narrativa conta com elementos reais, inspirados em personagens que o autor conheceu ao longo de sua carreira e memórias que adquiriu neste tempo.
Durante sete anos, o sociólogo atuou como educador social na Fundação de Assistência Social e Comunitária (FASC), em Porto Alegre, onde pôde conhecer diversas histórias emocionantes. Mais tarde, o escritor passou a dar atendimento médico em hospitais, onde conheceu a brutalidade da violência sexual contra crianças.
A partir de sua experiência na área da saúde, o estudante de violino na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), decidiu que precisava escrever um livro sobre este tema. Além disso, por meio de uma abordagem diferente, o autor revela um tabu iminente na sociedade: o abuso sexual contra meninos.

Por meio de uma análise minuciosa e uma linguagem emocionante, o escritor conduz o leitor a conhecer a realidade de homens que já sofreram algum tipo de violência sexual durante a infância. O especialista discute, ainda, os traumas permanentes nos corpos e mentes destas vítimas.
O primeiro estupro: a morte de minha alma, além do Brasil, foi lançado em Portugal, Angola e Cabo Verde, sendo amplamente elogiado pela crítica
Confira um trecho do prefácio de O primeiro estupro: a morte de minha alma (2020):
“Sou cativo de um mundo parvo, onde a liberdade não é mais que um sonho.
Bestas a comer minhas entranhas…
Minha aspirações mais pueris estão cerradas, os grilhões? São outros”.
Fonte: Aventuras na História