Cultura

A trajetória de Anita Garibaldi, heroína de dois mundos

O romance histórico “Anita”, de Thales Guaracy, conta a saga da revolucionária que atuou no processo de unificação da Itália

Considerada a “heroína de dois mundos”, Anita Garibaldi foi uma corajosa revolucionária, que atuou no processo de unificação da Itália e se envolveu na Revolução Farroupilha. Sua brilhante trajetória é contada na obra “Anita”, do renomado escritor brasileiro Thales Guaracy.
Nascida em Laguna, cidade litorânea de Santa Catarina, Anita foi obrigada a se casar aos 14 anos, após seu pai ser assassinado. Contudo, seu marido desapareceu tempos depois e a jovem acabou se apaixonando pelo italiano Giuseppe Garibaldi. Ao lado do companheiro, a revolucionária passou a atuar diretamente na Revolução Farroupilha e na unificação da Itália.
Infelizmente, sua vida tomou outros rumos e, em 4 de agosto de 1849, ela veio a óbito, grávida de seis meses, em decorrência da malária. Símbolo da luta pela unificação e liberdade da Itália, Anita Garibaldi lutou bravamente até os seus últimos momentos de vida.
Lançada pela Editora Record, o romance histórico de Thales Guaracy reúne fatos históricos e narrativas ficcionais que englobam a brilhante e emocionante história da mulher que rompeu barreiras ao lutar em prol de um ideal.
O livro irá conduzir o leitor a uma verdadeira viagem no tempo, levando-o até o íntimo da “heroína de dois mundos”.

Anita, de Thales Guaracy (Foto: Divulgação/Editora Record)

Confira abaixo um trecho de “Anita” (2017):

O mar bate na cara das pedras, lavadas de água, sal e espuma; vem das profundezas, a água salta, respira, festeja o céu e volta em golfadas ao seu mistério interior, deixando pequenos lagos cristalinos entre os recifes. Do alto da colina, próxima à casa de seu exílio voluntário, pés imóveis sobre o granito, estátua dele mesmo, Giuseppe vê o mar lá embaixo. Os 74 anos empobreceram a vasta barba, a cabeleira escasseou na testa alta, coberta pelo barrete de feltro, de onde saem longos fios brancos escorridos sobre a nuca; ele aperta contra o corpo ossudo o poncho branco — um dos muitos costumes adotados da campanha gaúcha, que lhe tinham servido por todas as batalhas da vida. Ele mudou, mas tudo lhe parece da mesma forma que antes: o mar, o horizonte azul, a palpitação no peito dos tempos de menino em Nizza, em que estava ali a saída para a vastidão do mundo.

Fonte: Aventuras na História

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