Ônibus marítimo francês a hidrogênio ganha prêmio de inovação na CES 2022
Um ônibus marítimo construído com um sistema de células de combustível de hidrogênio e várias tecnologias de nova geração se destacou na Consumers Electronics Show deste ano ((CES 2022). O chamado NepShuttle é, resumidamente, uma versão eficiente e versátil de um barco de passageiros baseado em uma plataforma desenvolvida pela empresa francesa NepTech.
Essa plataforma pode ser convertida em diferentes modelos, desde cargueiros a transportes marítimos e balsas. Como base, há o foco na redução dos níveis de emissão de poluentes, além de uma oferta de meios alternativos de mobilidade visando o descongestionamento do tráfego urbano.
Foco no mínimo consumo de energia
O NepShuttle foi projetado com uma gama de tecnologias destinadas a reduzir o consumo de energia o máximo possível, mantendo o desempenho de embarcações movidas a diesel. A empresa integrou um sistema de baterias de alta densidade e células de combustível de alta capacidade. Já o casco foi desenvolvido para minimizar o arrasto, aumentando a eficiência energética e causando um menor impacto no ambiente marítimo.
Hidrofólios também foram usados para reduzir ainda mais o arrasto hidrodinâmico — apesar dessa tecnologia já existir há algum tempo, ela ainda é considerada cara e pouco desenvolvida. A NepTech diz que seus hidrofólios não fazem o barco subir acima da água e mantêm um calado raso, o que torna o ônibus mais estável e confortável.
O NepShuttle também possui um sistema de gerenciamento de energia a bordo e um sistema de ponta para navegação autônoma, que pode detectar objetos flutuantes e realizar ancoragem automática. O barco mede 24 metros e pode transportar até 150 passageiros, dois tripulantes e até quatro bicicletas, e também oferece conectividade a bordo e assentos antivibração.
A premiação do NepShuttle na CES 2022 pode ser um bom presságio para a empresa francesa, que ainda não revelou quando o ônibus marítimo movido a hidrogênio deve entrar em serviço. Outro bom impulso deve se dar pela Organização Marítima Internacional (IMO), que quer reduzir as emissões tóxicas marinhas em 50% até 2040.
Fonte: Olhar Digital