Tecnologia & Inovação

Telescópio solar mais poderoso do mundo inicia suas operações científicas

Finalmente entrando em fase de comissionamento, que deve durar aproximadamente um ano, o Telescópio Solar Daniel K. Inouye (DKIST) deu início ao seu primeiro trabalho científico operacional para estudar nosso Sol. Construído a um custo de quase US$300 milhões, o DKIST é um observatório científico localizado no topo do Monte Haleakalā, em Maui, no estado norte-americano do Havaí.
Uma das principais funções do novo telescópio será estudar a coroa solar, a atmosfera exterior incrivelmente quente da nossa estrela, que é milhões de graus mais quente que a superfície. O primeiro experimento vai estudar a “reconexão magnética”, que acontece quando campos magnéticos solares se reconfiguram repentinamente e criam jatos de gás superaquecido (ou plasma) que ejetam da atmosfera solar.

Liderado por Tetsu Anan, principal pesquisador do Observatório Solar Nacional, o trabalho foi anunciado oficialmente na última quinta-feira (24). “Esse processo foi teorizado há muito tempo, mas ainda não foi comprovado”, disse uma nota emitida pela Fundação Nacional de Ciência (NSF), que administra o observatório. “Observações do conjunto único de instrumentos do Telescópio Solar Inouye estão permitindo que os cientistas observem esse fenômeno esquivo, mas vital, pela primeira vez”.

Novo telescópio solar capta imagens de alta resolução e faz medições de campos magnéticos

Telescópio Solar Daniel K. Inouye (DKIST), localizado no topo do Monte Haleakalā, em Maui, no Havaí (Foto: Ekrem Canli/Creative Commons)

Características únicas do observatório incluem um espelho primário de quatro metros com óptica adaptativa avançada para corrigir os efeitos atmosféricos. O telescópio também tem resfriamento ativo para se proteger contra o calor solar.
Nas últimas décadas, nosso “astro-rei” está sob análise de diversos telescópios e naves espaciais, incluindo duas missões recentes — a Sonda Solar Orbiter, da Agência espacial Europeia (ESA), e a Parker Solar Probe, da Nasa — que estão conduzindo órbitas ousadas próximas do Sol para estudar a estrutura solar em alta definição.
De acordo com a NSF, o DKIST se juntará a essa “força-tarefa” para “fazer imagens de alta resolução e medições dos campos magnéticos de fenômenos como manchas solares, erupções solares e ejeções de massa coronal”.

Ejeções de massa coronal são explosões de partículas carregadas do Sol que, se apontadas para a Terra, podem interromper linhas de energia e comunicações por satélite, entre outras consequências.
Durante cerca de um ano o novo telescópio terrestre de observação do Sol vai operar trazendo sistemas-chave on-line, permitindo que os cientistas realizem pesquisas com “risco compartilhado” de problemas técnicos que podem precisar ser resolvidos ao longo do caminho, segundo a nota da NSF.

Fonte: Olhar Digital

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