Futuro presidente da Câmara de Fundão fala como anda o município

“O município oferece pouco incentivo para a iniciativa privada. Carecemos de uma área industrial com infraestrutura e incentivos, pois, só assim, os empreendedores olharão Fundão com outros olhos”

O vereador Paulinho Cole (Cidadania-Fundão), em um bate-papo nesta terça-feira (26), na Câmara, com o jornalista Haroldo Filho, falou sobre a postura da nova diretoria, eleita para o biênio 2023/2024 e, de forma sucinta, sobre os serviços essenciais do poder público municipal.
Para Cole, o vereador Sandro Lima (PSD), atual presidente, vem conduzindo bem a casa de leis, “o atual presidente vem fazendo o que pode fazer, mas, como tudo na vida, a mudança é necessária e, por isso, surgiu um novo grupo. A eleição foi apertada, mas saímos vitoriosos, tomaremos posse em primeiro de janeiro. Vamos sentar com o grupo para definir as diretrizes, mesmo por que, entendo que presidente não faz nada sozinho. Vamos procurar fazer o melhor para a população de Fundão”, esclarece o vereador.

Cole fez questão de dizer que o município precisa de projetos econômicos mais audaciosos para mudar de patamar, pois riquezas naturais tem para ser mais desenvolvido. “O município oferece pouco incentivo para a iniciativa privada. Carecemos de uma área industrial com infraestrutura e incentivos, pois, só assim, os empreendedores olharão Fundão com outros olhos. A área que vai da sede municipal até Praia Grande oferece boas oportunidades para um projeto de grande porte, porque, além de uma estrada completamente asfaltada, temos também rio, litoral, ferrovia e uma rodovia federal (BR-101) cortando o município e tudo isso agrega valores”, sugeriu o vereador.
Cole fez questão ainda de dizer que os serviços básicos estão sendo executados e que, de acordo o gestor municipal, a prefeitura tem dinheiro em caixa para fazer obras, mas que não saberia precisar o valor.


“Segundo informações, a prefeitura tem dinheiro em caixa para os serviços de praxe como iluminação pública, limpeza e coleta do lixo, que estão sendo feitos. Mas chamo atenção para a educação do município, nossas escolas são prédios (estruturas) antigos, o município tem a obrigação de se atentar para essa questão porque estamos falando do futuro. Sou membro da Comissão da Agricultura e não posso deixar de alertar ao Executivo que iniciamos o período da colheita do café, e as mais de 900 propriedades produtoras vão precisar de estradas com boas condições para escoar suas produções”, alerta.

Quanto ao projeto de reestruturação administrativa que está na Casa para ser aprovado, Paulinho afirmou que está sendo avaliado pelas comissões.
“O projeto está nas comissões é um projeto grande e precisa de estudo e algumas propostas achamos desnecessárias, como a criação de oitenta e cinco cargos comissionados, mas a criação da secretaria de Meio Ambiente, achamos positivo. Por isso, entendo que, precisamos discutir mais e o Executivo não pode querer que um projeto com essa envergadura seja aprovado na íntegra, sem emendas, é impossível”, finalizou.
