Meio ambiente

Oito aves completamente extintas do planeta

Conheça espécies de pássaros que nunca mais serão vistas, quatro delas são brasileiras

Dizem que só percebemos o valor de algo quando a perdemos. E isso também possui um sentido científico, o valor real de uma espécie só é reconhecido quando ela está ameaçada ou completamente extinta. Cientistas preveem que, nas próximas décadas, a perda da biodiversidade será ainda mais drástica e que metade das espécies podem desaparecer do planeta, muita delas aves que ajudam na reprodução das plantas, o que criaria uma reação em cadeia. Infelizmente, a situação está longe de ser revertida.

1. Dodô
O dodô é uma espécie extinta de ave que viveu nas Ilhas Maurício, na costa de Madagascar. Ela não voava e era lenta para para se reproduzir, o que a tornou vulnerável ​​à chegada de humanos e ratos, bem como à introdução de animais domesticados no final dos anos 1500. Cerca de um século depois, a espécie foi extinta e tudo que sobrou foram ossadas e desenhos.

Reprodução em cera do dodô — Raphus cucullatus (Foto: Jebulon/Wikimedia Commons/CreativeCommons)

2. Arara-azul-pequena
A arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) era uma ave encontrada na região da bacia dos rios Paraná e Uruguai, na Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil. A espécie é considerada extinta por muitos pesquisadores, por não ser avistada na natureza há mais de 80 anos e não existir exemplares em cativeiro. A população foi diminuindo com o tempo devido à caça e ao tráfico ilegal e por causa da destruição de seu habitat natural.

Ilustração de Bourjot Saint-Hilaire, 1837-1838 — Anodorhynchus glaucus (Foto: Domínio Público/WikimediaCommons)

3. Caburé-de-pernambuco
Esta coruja foi registrada pela última vez no início dos anos 2000. O ICMBio a declarou oficialmente extinta em 2014. Quando em vida, a espécie era tão rara que não há fotografias da ave.

4. Limpa-folha-do-nordeste
A espécie vivia em estratos mais altos de florestas, entre 400 e 550 metros de altitude, sobretudo em matas de Alagoas e Pernambuco. A destruição da Mata Atlântica foi a grande responsável pelo desaparecimento deste pássaro.

5. Trepador-do-nordeste
Esta era uma ave rara da qual nunca foi tirada nenhuma fotografia. O pássaro de 20 cm era encontrado na Mata Atlântica, no nordeste do Brasil, acima do Rio São Francisco, em Alagoas e Pernambuco.

6. Pica-pau-bico-de-marfim
Estima-se que o pica-pau-bico-de-marfim foi extinto há, pelo menos, 50 anos, mas breves avistamentos foram relatados em 2004 e 2005. O pássaro era nativo dos pântanos norte-americanos e das florestas temperadas de coníferas do sul dos Estados Unidos e de Cuba. Apesar de extensos esforços para localizar o pássaro, a espécie foi recentemente declarada oficialmente extinta.

Pica-pau-bico-de-marfim empalhado — Campephilus principalis
(Foto: Emőke Dénes/Wikimedia Commons/CreativeCommons)

7. O’o bishopi
Todas as espécies pertencentes ao gênero havaiano moho foram extintas graças ao desmatamento, à competição com espécies introduzidas e à caça. Com penas pretas, a ave possuía um belo canto que foi homenageado pelo músico de jazz John Zorn, que lançou um álbum chamado O’o, em 2009.

Desenho de um Moho Bishopi de The Birds of the Sandwich Islands — Moho Bishopi (Foto: Domínio Público/WikimediaCommons)

8. Arau-gigante
Os araus-gigantes foram caçados por sua carne, penas e ovos, o que levou à sua extinção em no início do século 19. Hoje, espécimes empalhados dessa ave são raros. Existem apenas cerca de 80 em coleções de museus espalhados em todo o mundo. Elas podem vir de várias regiões e ter características distintas, mas algo elas têm em comum: todas foram extintas devido à ação humana. Está mais do que na hora de pensarmos sobre o mal que estamos fazendo para o ambiente e para nós mesmos.

Arau gigante empalhado — Pinguinus impennis
(Foto: Emőke Dénes/Wikimedia Commons/CreativeCommons)

Foto de capa: Reconstrução digital da arara-azul-pequena, espécie considerada criticamente ameaçada pela Lista Vermelha da IUCN, mas que não é vista há mais de 80 anos no Brasil (Martín Rodríguez Pontes/Wikimedia Commons/CreativeCommons)

Fonte: Casa e Jardim

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