Paleo & Arqueologia

Túmulo do Neolítico e cemitério com tesouro são achados na Alemanha

Escavações próximas ao rio Danúbio revelaram local funerário da Idade da Pedra com cerâmica de cultura pastoril e 140 túmulos com espadas e joias medievais

Durante escavações próximas ao rio Danúbio feitas pela empresa ArchaeoTask GmbH, no distrito alemão de Geisingen-Gutmadingen, arqueólogos encontraram uma sepultura do Neolítico e 140 túmulos medievais, incluindo relíquias como espadas e joias.
A descoberta divulgada em 18 de agosto pelo Conselho Regional de Stuttgart inclui artefatos de pedra e um vaso de cerâmica, encontrado na sepultura pré-histórica que data do terceiro milênio a.C. Túmulos desse período são raros no sudoeste da Alemanha, de acordo com as autoridades locais.

O vaso é da antiga cultura da cerâmica cordada, conhecida por criar objetos com linhas geométricas formadas pela prensagem de cordão no barro. Essa população era formada por pastores criadores de vacas e ovelhas, sendo que alguns também praticavam uma agricultura arcaica da cevada.

Pote de cerâmica, machado de pedra e lâmina de sílex de um túmulo da Idade da Pedra encontrado na Alemanha (Foto: Secretaria Estadual de Preservação de Monumentos do RPS/Yvonne Mühleis)

Já o cemitério medieval tinha túmulos datados de 500 a 600 d.C., contendo um tesouro composto de espadas, lanças, escudos, pentes de osso, copos e brincos. “Nosso distrito de Gutmadingen é provavelmente muito mais antigo do que imaginávamos”, diz o prefeito, Martin Numberger, em comunicado.
De acordo com o site LiveScience, o distrito das escavações já havia sido datado por volta do ano 1273 com base nos primeiros registros escritos de assentamentos. As descobertas foram feitas em uma área perto do Danúbio onde a construção de uma lagoa de retenção de água da chuva está sendo planejada.

Os achados revelam uma longa  história de habitação humana perto do rio. Em outras sepulturas do início do período medieval na Alemanha, os homens eram frequentemente enterrados com armas e as mulheres, com joias e contas. Os rituais de enterro às vezes mudavam quando os conquistadores tomavam uma determinada vila ou região.

Foto de capa: Secretaria Estadual de Preservação de Monumentos do RPS/Yvonne Mühleis

Fonte: Revista Galileu

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