Vacina contra tipo mais grave de câncer de pele tem resultados promissores
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Moderna divulgou os dados da segunda, e penúltima, fase dos testes clínicos
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A Moderna e a Merck, MSD no Brasil, anunciaram nesta semana os resultados da penúltima fase de testes clínicos de uma vacina contra o câncer de pele melanoma, o tipo mais letal da doença. As farmacêuticas pretendem dar início ao último estágio dos estudos clínicos da dose em 2023, e posteriormente seguir para o pedido de aprovação.
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O imunizante da Moderna usa a mesma tecnologia de RNA mensageiro (RNAm) impulsionada pelas doses desenvolvidas para a covid-19. O sistema tem se mostrado eficaz em despertar a proteção do organismo, alcançando até o tratamento para outras doenças, além do câncer, como HIV e a zika.
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Os resultados de hoje são altamente encorajadores para o campo do tratamento do câncer. O RNAm foi transformador para a covid-19 e agora, pela primeira vez, demonstramos o potencial para ter um impacto nos resultados em um ensaio clínico randomizado com melanoma”, disse o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, em comunicado.
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O estudo já recrutou 157 participantes com melanoma em estágio 3 e 4. Após uma cirurgia de ressecção completa do tumor, uma combinação da vacina com o tratamento de Keytruda, remédio que denuncia as células do câncer, foi aplicado. A terapia durou um ano.
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Nos resultados apresentados, o imunizante levou a uma redução da recorrência do tumor ou de morte pela doença de 44%. A farmacêutica também destacou que o produto demonstrou ser seguro e eficaz, sem efeitos adversos graves. Segundo informações de O Globo, a Moderna tem planos de expandir o uso da vacina para outros tumores.
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Como funciona a vacina de RNAm?
O RNAm é alvo de estudos há anos, mas saiu de fato do papel com as vacinas da Pfizer e da Moderna contra a covid-19. Diferente das tradicionais, a RNAm não funciona com vírus inativado ou a introdução de parte dele no organismo. A tecnologia é como uma “mensagem” ou código que instrui as células do corpo a produzir determinada proteína. No caso da covid, o imunizante usa o próprio organismo para fabricar a famosa proteína S do coronavírus, induzindo assim o corpo a produzir as células de defesa e anticorpos contra a Sars-CoV-2.
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No caso da versão para o câncer melanoma, devido à doença diferir de pessoa para pessoa, ela será personalizada para cada paciente, ou seja, será produzida a partir do tumor do paciente, para ensinar o sistema imunológico a destruir células cancerígenas específicas.
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A Moderna e a MSD já conversavam sobre uma parceria no desenvolvimento da vacina desde 2016. O acordo só foi oficializado agora, após o pagamento de US$ 250 milhões da MSD à Moderna. Os dados completos do estudo serão apresentados em uma próxima conferência médica de oncologia e compartilhados com autoridades sanitárias.
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Vacina contra o câncer: Moderna não é a única
Além da Moderna, a BioNTech, que desenvolveu uma vacina para a covid-19 com a Pfizer, estuda imunizantes que possam agir contra o câncer colorretal, câncer de cabeça e pescoço, câncer de ovário, de próstata e tumores sólidos. Em entrevista à BBC, os fundadores da empresa disseram que acreditam que as vacinas estejam disponíveis para uso até 2030.
Recentemente, uma vacina experimental contra o câncer de mama também teve resultados promissores nos Estados Unidos.
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Desenvolvida por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, o imunizante é feito a partir do DNA do HER2, proteína associada a progressão e evolução desfavorável do câncer de mama, e demonstrou, com segurança, uma forte resposta imune a proteína-chave do tumor.
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Fonte: Olhar Digital