China registra primeiro declínio populacional em 50 anos
País encerrou 2022 com 1,41 bilhão de habitantes. Cenário é resultado dos 36 anos da política do filho único
Autoridades da China anunciaram, nesta terça-feira (17), o registro do primeiro declínio populacional em mais de 60 anos. Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE), o país encerrou 2022 com 1.411,75 bilhão de habitantes, 850 mil a menos do que o contabilizado dois anos atrás: 1,412,60 bilhão.
No geral, foram registrados 10,41 milhões de mortes e 9,56 milhões de nascimentos no ano passado. Com isso, a taxa de natalidade ficou em 6,77 por 1.000 pessoas que, em números reais, representou mais de um milhão de nascimentos a menos do que o total contabilizado em 2021, de 10,62 milhões, que já era o menor da série histórica.
O declínio populacional pode ser explicado pela política do filho único, que vigorou na China entre 1980 e 2016. Em meio ao cenário, o governo suspendeu a norma e vem tentando encorajar as famílias a terem até três filhos. O alto custo de vida no país, no entanto, acaba dificultando a adesão das famílias à iniciativa.
De acordo com o GNE, a população chinesa em idade ativa (16 a 59 anos) chegou a 875,56 milhões, representando 62% da população nacional. As pessoas com 65 anos ou mais, por sua vez, somam 209,78 milhões, correspondendo a 14,9% do total. Caso continue em declínio, especialistas apontam que a Índia substituirá a China como nação mais populosa do mundo.
Fonte: SBT News