O caos ideológico da elite ‘pensante’ brasileira

Começamos a entrar no olho do furacão, os solavancos nos levam a crer que algo muito pior está por vir. Podem apostar. Jornalistas, economistas, professores, matemáticos, engenheiros, profissionais de vários segmentos que acreditaram e optaram pelo “L” ano passado, hoje estão em suas redes sociais demonstrando arrependimento, e até desespero, pelas poucas e desastrosas ações, diga-se de passagem, do atual governante e seus colaboradores.

Ver uma população vulnerável ser iludida e enganada com promessa de “churrasquinho de picanha” e “cervejinha gelada” é até aceitável, agora, ver homens como Armínio Fraga ou Henrique Meirelles — que ajudaram o atual governo — dizerem em vídeos que Lula está equivocado, não sei nem o que pensar, já é demais para mim. O que eles esperavam, responsabilidade fiscal? É passar um tremendo atestado de burrice!

Para mim, e a grande maioria dos eleitores, nada disso é novidade, pois o PT, ou melhor, a esquerda, que vive numa redoma retrógada e antiquada, não se modernizou e já mostrou incapacidade e nenhum compromisso com o povo nas oportunidades que teve.

Mas, voltando aos mais graduados, aos técnicos e apoiadores desse desastre anunciado, como já disse, é inacreditável para qualquer um, em sua sã consciência, saber que um homem como Henrique Meirelles, que já presidiu o Banco Central (BC) e de um currículo invejável, apostaria num governo de esquerda encabeçado por ninguém menos que Lula.
Considerado uma das figuras mais respeitadas na área financeira internacional, foi presidente internacional do BankBoston; presidente do Banco Central do Brasil (BCB), de 2003 a 2011 durante o governo Lula e na gestão de Michel Temer, foi ministro da Economia entre 2016 e 2018.

Criado em família de políticos, seu avô foi prefeito de Anápolis (GO), por três mandatos; seu pai ocupou cargo na Secretaria do Estado de Goiás duas vezes e teve um tio governador, Henrique Meirelles, administrador e executivo da área financeira, se filiou em 2022 ao partido União Brasil, e em 2018, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) concorreu à presidência da República.

Meirelles é uma das figuras mais respeitadas na área financeira atuando como chairman do Lazard Americas, banco de investimento sediado em Nova York; sênior advisor da Kolberg, Kravis and Roberts (KKR), empresa global de investimentos; membro do Conselho da Lloyd’s off London, empresa global de seguros, membro do conselho. Além de membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras (falida).

Fiz questão de elencar apenas parte do currículo de Henrique Meirelles para poder questionar a estudiosos mais entendidos sobre a mente humana: o que leva homens como Armínio Fraga, Meirelles, entre outros, a se posicionarem em favor de tudo que é contrário à sua formação acadêmica?

Defensores da iniciativa privada e da responsabilidade fiscal do governo, esta semana, o ex-ministro da Economia, falou em vídeo, defendendo a autonomia do BC, o que não fez quando foi ministro da Economia, contrariando todas as intenções e expectativas do atual presidente, que insiste, de qualquer maneira, controlar o tesouro nacional.
Se isso e mais um monte de coisas já era previsível… Por que optou em soletrar a falida cartilha socialista na eleição de outubro? Prevejo tempestade político-econômica com direito a raios e trovões e muita lama envolvendo tudo. Será um salve-se quem puder! Pois a política do capitalismo pra mim e socialismo para o povo segue a mesma lógica da ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’, só funciona para alguns, ou seja, muitos com pouco e pouquíssimos com muito.
Fica a reflexão… Até a próxima!