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Governo aciona aliados na madrugada para adiar sessão de instalação da CPMI

Seis líderes da Câmara encaminharam uma mensagem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Seis líderes da Câmara dos Deputados pediram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que adiasse a sessão no Congresso Nacional, marcada para acontecer nesta terça-feira (18).
A solicitação, encaminhada na madrugada, partiu dos partidos que não são oposição ao governo Lula — que tenta minar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Oeste apurou que Pacheco deve acatar o pedido dos líderes.
São eles os deputados: Zeca Dirceu (PT-PR), líder da Federação Brasil da Esperança (PT PCdoB PV); Antônio Brito (PSD-BA); Isnaldo Bulhões (MDB-AL); Fábio Macedo (Podemos-MA); Hugo Motta (Republicanos-PB); e Felipe Carreras (PSB-PE).

Em função da centralidade da apreciação do mecanismo legal que dê conformidade à aplicação do piso da enfermagem e da não realização de sessão da Comissão Mista de Orçamento que trate dessa pauta, solicitamos a Vossa Excelência o adiamento da sessão do Congresso Nacional prevista para o dia 18 de abril”, argumentaram os líderes.

Conforme noticiou Oeste, os parlamentares estão usando o pagamento do piso da enfermagem para adiar a sessão. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a sessão tem de acontecer na próxima semana, pois é de interesse do governo que o ato ocorra antes do início de maio.
Na prática, o governo busca angariar tempo para convencer os parlamentares a retirarem suas assinaturas da CPMI. Assim, quando a sessão for acontecer, o requerimento já não teria o número mínimo de assinaturas — de 171 deputados federais e 27 senadores.

Até o momento, a CPMI possui o apoio de 194 deputados e de 37 senadores. Procurado por Oeste, o deputado federal André Fernandes (PL-CE), autor da CPMI, não retornou até a publicação desta reportagem.
O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu prédios públicos.

Fonte: Revista Oeste

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