Geral

Nossos jovens estão naufragando

Texto: Ronaldo Teixeirinha

Venho percebendo, nas últimas três décadas, uma fragilidade crescente fora do comum, dos nossos jovens. Não sei se posso atribuir a essa fragilidade, a falta de uma base familiar sólida ou uma educação de base péssima, com influência direta das mídias sociais (internet)…ou ambas…
Nascido na década de 70, ainda no ensino fundamental, lembro-me bem das formações em filas. Antes de adentrarmos às salas de aula, tínhamos a obrigação de entoarmos o Hino Nacional. A nossa linda bandeira do Brasil hasteada num mastro bem à nossa frente, num gesto cívico em respeito à nossa pátria amada. Lembro-me, também, das matérias ensinadas pelos meus queridos professores. Duas dessas matérias, e que me chamavam muito a atenção, eram Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política do Brasil (OSPB). Matérias que tinham como base as tradições nacionais, pregava a defesa do princípio democrático, a preservação do espírito religioso, tinham como um dos seus principais pilares, o princípio da dignidade da pessoa humana e o amor à liberdade com responsabilidade…com responsabilidade!!!!!!!!!! É claro que tinham um viés conservador e pouco liberal, pois essas matérias foram introduzidas na década de 60, sob o regime militar.

É claro, também, que novas gerações surgiram de lá para cá e, com o advento da internet e sua consequente chegada ao Brasil — em 1988 — por uma iniciativa da comunidade acadêmica de São Paulo. Com a abertura ao público externo em 1991, a coisa começou a mudar de figura.
As gerações que foram surgindo, foram tendo informações do mundo inteiro cada vez mais rápido, com isso, ao meu entender, houve uma mistura de culturas e comportamentos, influenciando diretamente o lado psíquico/comportamental dessas crianças e jovens. Rituais, jogos e seitas, são exemplos bem claros de exposições na internet e sem nenhum tipo de limites, quanto ao acesso aos seus conteúdos.

Quando falo acima a respeito da base familiar, entendo que o papel da mãe e do pai é orientar e preparar seu(s) filho(s) para a vida, impondo-lhe(s) limites e ajudando-o(s) na construção de seu caráter. Também entendo que a mulher era quem exercia o papel principal nesse contexto, pois era esposa, mãe e dona de casa. Mas isso começou a mudar a partir da Segunda Guerra Mundial, quando os homens estavam nos campos de batalhas, as mulheres começaram a se tornar provedoras de seus lares, passando a assumir os negócios da família e, consequentemente, se posicionando no mercado de trabalho. Tornando-se uma crescente até os dias de hoje.

Sendo bem sucinto e direto em meu fechamento, vejo que o papel de educar, orientar e ajudar a forjar o caráter do(s) filho(s) passou dos pais, para as escolas e as influências externas, muitas vezes através das tempestades de informações e conteúdos trazidos a todo instante pela internet. É uma pena que isso venha acontecendo, pois nossas crianças e jovens estão com suas cabecinhas cheias de informações e orientações, muitas vezes, perturbadoras. Muitas de nossas crianças e jovens estão à deriva no mar da vida, muitos estão naufragando precocemente e nunca chegando aos seus destinos. Precisamos rever os nossos conceitos de “prioridade” e mudarmos o rumo das futuras gerações.

Deixo a você caro leitor, a seguinte pergunta: O que é prioridade em sua vida?
Eu me considero uma pessoa conservadora e obediente às minhas obrigações enquanto cidadão, tendo como meu farol a tríade…Deus, pátria e família.
Fraterno abraço a todos e que Deus nos abençoe, sempre!

Ronaldo Teixeirinha
Formado em Direito, esportista, cristão, servidor público estadual e amante da natureza

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