Paleo & Arqueologia

Estátuas de Osíris são encontradas na Polônia

Além das estatuetas do deus dos mortos do Egito, um busto de um deus grego também estava no local

Por Flávia Correia

Durante escavações em Lublin, na Polônia, arqueólogos descobriram duas estatuetas de bronze antigas representando Osíris, deus dos mortos do Egito.
Os achados fazem parte de um depósito que se acredita ser de uma coleção de propriedade da família Kleniewski, que viveu no Palácio de Kluczkowice, no condado de Lubelskie, até a invasão alemã no país durante a 2ª Guerra Mundial.

De acordo com diários escritos pela esposa do fazendeiro Jan Klesniewski, Maria Kleniewska, ela visitou o Egito em 1904, passando alguns meses no Cairo e em Alexandria. Depois que o casal morreu, a propriedade ficou para o filho Przemysław, que foi assassinado pela Gestapo durante a Revolta de Varsóvia.
Os pesquisadores sugerem que a família pode ter escondido os artefatos para protegê-los das tropas alemãs em 1942, ou logo após a guerra, quando os móveis e coleções do palácio foram saqueados e dispersos.

Busto de deus grego também foi encontrado
Segundo o site Science Alert, os objetos foram enviados ao Escritório de Proteção dos Monumentos de Lublin, em Voivodeship, que revelou que as duas estatuetas representavam Osíris, que além de ser deus dos mortos, também era considerado deus da fertilidade, da agricultura, da ressurreição, da vida e da vegetação na religião egípcia antiga.

Uma terceira estatueta do depósito foi identificada como representando um busto de Baco, deus grego da vinificação, pomares e frutas, vegetação, fertilidade, festa, loucura, êxtase religioso e teatro.

Uma das duas estatuetas do deus do Egito Osíris encontradas na Polônia (Foto: Divulgação)

Encontrar parte de uma valiosa coleção que foi perdida há muitos anos é de grande importância para a ciência, o patrimônio cultural e o desenvolvimento do turismo”, disse Łukasz Miechowicz, do Instituto de Arqueologia e Etnologia da Academia Polonesa de Ciências em Varsóvia.

Em um trabalho de cooperação entre o Museu Nacional de Lublin e o Departamento de Arqueologia da Universidade de Varsóvia, a datação por carbono presume que as estatuetas de Osíris tenham mais de três mil anos. Já o busto de Baco teria cerca de 1.900 anos e provavelmente fazia parte de um tripé.

No mesmo sítio arqueológico, os pesquisadores também descobriram parte de uma espada cerimonial ricamente decorada do século 17, que pode ter sido um Colichemarde — uma espada curta que apareceu pela primeira vez em 1680 e era popular nas cortes reais em toda a Europa. Após um estudo mais aprofundado, os artefatos deverão fazer parte do acervo do Museu Nacional de Lublin.

Fonte: Olhar Digital

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