Brasil terá primeiro micro-ônibus autônomo da América do Sul

Veículo será fruto de parceria entre a fabricante Marcopolo e cinco startups

Por Alisson Santos

A fabricante de ônibus Marcopolo, em parceria com cinco startups, está desenvolvendo o primeiro micro-ônibus autônomo já produzido na América do Sul. O protótipo do veículo capaz de rodar sem a necessidade de motorista foi apresentada no último dia 14, em Caxias do Sul (RS).
Por mais que o projeto represente avanço tecnológico no transporte urbano, o micro-ônibus ainda não tem previsão de início de produção e, quando estiver pronto, lidará com outro grande embate: a legislação brasileira não permite a circulação de veículos autônomos em vias públicas — pelo menos até o momento. Conheça os detalhes do protótipo do veículo autônomo:

• O micro-ônibus foi produzido de forma tradicional e, seguida recebeu o sistema de automação;
• Entre as equipações, o veículo recebeu: módulos elétricos que comandam a direção, freios, acelerador e câmbio;
• Além disso, alguns sensores foram instalados para mapear o ambiente ao redor, registrando a presença de outros veículos e até mesmo de pessoas na via — tudo isso sendo transmitido para o sistema de IA (inteligência artificial) instalado no veículo.

Como forma de garantia, o micro-ônibus autônomo também conta com botão que permite a um supervisor de segurança assumir os comandos de direção do veículo — podendo efetuar parada de emergência, desligando o sistema autônomo e travando o freio.

O mercado também tem que evoluir um pouco; ele tem que se adaptar a essa nova realidade, porque é um momento no qual você tem uma dinâmica onde a inteligência artificial está realizando essa condução”, explica Alexandre Cruz, diretor de investimentos e inovação da Marcopolo

Daqui para frente, mais testes serão feitos para garantir a eficácia do sistema. “Precisamos colocar nosso sistema em testes exaustivos para garantir que todas as situações possíveis foram tratadas, mesmo que não haja situação negativa com a qual o veículo se depare, aquelas que não consiga lidar”, afirma Ranik Guidolin, CEO da Lume (uma das startups envolvidas).

Fonte: Olhar Digital