Senado Federal aprova Gabriel Galípolo para diretoria do Banco Central
(Foto: Fotoarena/Estadão Conteúdo)
Economista teve 39 votos favoráveis e 12 contrários a sua aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos
O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (4), a indicação de Gabriel Galípolo para compor a diretoria do Banco Central (BC). O economista teve 39 votos favoráveis e 12 contrários a sua aprovação. Houve ainda uma abstenção. Ele substituirá Bruno Serra Fernandes, na Diretoria de Política Monetária. Mais cedo, ele foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com 23 votos a favor e 2 contra. A aprovação ocorreu em meio a uma forte pressão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a redução da taxa básica de juros no Brasil (Selic), que desde agosto de 2022 mantém-se em 13,75%.
Lula fez diversas críticas fez diversas críticas à taxa de juros, chegando a dizer que o patamar atual é uma “uma excrescência ao País”. Por outro lado, atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, justificou que é necessário para controlar o ritmo de alta dos preços e ancorar a expectativa de inflação. Galípolo é o braço direito de Fernando Haddad (PT), que indicou o economista, e atua como secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Recentemente ele deixou o conselho do Banco do Brasil antes de ser sabatinado. Ele afirmou, durante a sabatina, que “não cabe a nenhum economista, por mais excelência que ele tenha, impor o que ele entende ser o destino econômico do País à revelia da vontade democrática e dos seus representantes eleitos”.
Ailton Aquino
O Senado também aprovou a indicação do advogado Ailton Aquino para o cargo de de Diretor de Fiscalização, em substituição a Paulo Sérgio Neves de Souza. A votação foi de 42 a 10, com 1 abstenção. Mais cedo, o CAE aprovou a indicação por 24 votos favoráveis e um contra. Durante a sabatina, Ailton destacou que o BC sofre com encolhimento no número de servidores e apontou a necessidade de um novo concurso, visto que, segundo ele, a redução pode trazer impactos sore sua atividade de fiscalização. Aquino é servidor de carreira do BC desde 1998, ocupando diversas funções como auditor chefe da instituição. Ele é o primeiro negro a fazer parte da diretoria da autarquia.
Fonte: Jovem Pan
