Saúde

Cientistas descobrem possível forma de impedir avanço do câncer de mama

Composto bloqueia proteínas produzidas quando um paciente tem câncer de mama e que causam o avanço da doença para outras partes do corpo

Por Alessandro Di Lorenzo

Um composto biomédico que tem o potencial de impedir a disseminação do câncer de mama foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, e da Faculdade de Medicina de Nanjing, na China. O estudo foi publicado na Biomolecules. Os cientistas descobriram uma possível maneira de bloquear as proteínas produzidas quando um paciente tem câncer e que causam a disseminação da doença para outras partes do corpo.
Esse processo, chamado de metástase, é o grande responsável pela morte dos pacientes.

Como regra geral, o câncer que se espalhou é tratado com quimioterapia, mas esse tratamento raramente pode ser administrado sem prejudicar gravemente ou se tornar tóxico para o paciente. A importância do nosso trabalho foi identificar um alvo específico e importante para atacar, sem efeitos colaterais tóxicos”, destacou o professor Philip Rudland, do departamento de bioquímica da Universidade de Liverpool.

A equipe de pesquisa identificou que as proteínas específicas que estão envolvidas no processo metastático são diferentes daquelas relacionadas ao tumor primário. A partir da proteína chamada “S100A4”, os pesquisadores produziram, então, um novo composto que pode bloquear especificamente a interação dessa proteína indutora de metástase com o alvo dela dentro da célula.
Segundo o estudo, o composto funciona em doses muito baixas e praticamente não tem efeito colateral no corpo do paciente. A substância também conseguiu inibir a metástase em tumores semelhantes em camundongos, sugerindo um papel terapêutico potencial.

Este é um avanço empolgante em nossa pesquisa. Esperamos agora dar os próximos passos e repetir este estudo em um grande grupo de animais com cânceres metastáticos semelhantes para que a eficácia e a estabilidade dos compostos possam ser investigadas minuciosamente e, se necessário, melhoradas por mais design e sínteses, antes de quaisquer ensaios clínicos”, destacou a doutora Gemma Nixon, professora de química medicinal da Universidade de Liverpool.

Os cientistas também querer avaliar o comportamento do composto em outros tipos de câncer.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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