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Ciclo de palestras “Violência contra a mulher”

E o Ciclo de Palestras não para, e nesta quinta-feira (19) foi a vez dos membros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, de Jardim Carapina, sob a direção do pastor Reginaldo Prates. Os fiéis compareceram em peso para ouvirem o palestrante Dr. Márcio Greik, que é delegado federal, abordar um tema que requer muita atenção da sociedade e do Estado, uma vez que, segundo ele, uma a cada três mulheres no mundo já sofreu algum tipo de violência na sua vida.

Uma de cada três mulheres no mundo já sofreu algum tipo de violência na sua vida. Não podemos permitir isso. A violência pode acontecer de três maneiras, a física, a moral e a psicológica. Infelizmente, o País no qual vivemos é um País violento para a mulher”, afirmou.

O delegado federal reconhece o esforço das autoridades para parar essa onda, mas que a realidade ainda é muito distante da almejada pela população. Apesar de todas as tentativas a sensação que se tem é a de que o Estado está enxugando gelo. “Existe um esforço muito grande das autoridades para reduzir esse tipo de crime, mas nos últimos anos ele vem numa escalada crescente, o que é uma pena”, lamentou.
Márcio acrescenta que uma parcela dessa culpa é nossa quanto sociedade, pois ela reflete o que somos e o que queremos.

Sabemos que o Estado tem a obrigação de nos oferecer segurança, porque é de sua competência, mas nós, quanto sociedade, devemos fazer nossa parte. A sociedade não é o que o Estado quer, mas o Estado precisa ser o que a sociedade deseja”, ressaltou.

(Da esq. para a dir.) Pastor Reginaldo Prates, pastor-presidente Jhonny Azevedo, diácono Adílson Medeiros e o delegado Márcio Greik (Foto: Haroldo Filho/F&N)

O pastor Reginaldo Prates agradeceu ao palestrante pela abordagem do tema e fez questão de dizer que “ser crente não significa ser omisso” e aconselhou aos membros presentes — mulheres e homens — para que não tenham medo de denunciar às autoridades se presenciarem, souberem ou sofrerem algum tipo de violência desse tipo.
Para o pastor-presidente, Jhonny Luiz Azevedo, a comunidade evangélica não pode nunca permitir e se omitir diante de tais agressões.

A mulher que sofre algum tipo de agressão deve denunciar, sim, não pode deixar impune quem pratica esse tipo de crime”, frisou.

Para ele a igreja precisa se posicionar contra as mazelas que assolam a nossa sociedade e, sempre que necessário, buscar ajuda das autoridades competentes.

Onde buscar ajuda e apoio
Telefones para denúncia:

  • Ligue 180 — A Central de Atendimento à Mulher é um canal criado pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, que presta uma escuta e acolhida qualificadas às mulheres em situação de violência.
  • O Disque 100 recebe, analisa e encaminha denúncias de violações de direitos humanos relacionadas aos seguintes grupos e/ou temas: Crianças e adolescentes. Pessoas idosas. Pessoas com deficiência.
  • O 190 — disque-denúncia garante o sigilo absoluto do denunciante, que pode delatar todos os tipos de criminalidade, assim como policiais corruptos. Essa denúncia gera um protocolo. Com esse dado, as polícias Civil e Militar têm 15 dias para averiguar as informações prestadas, muitas vezes, inclusive, tirando fotos do local suspeito.
Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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