Saúde

Pacientes com fibromialgia têm maior risco de morte precoce

A fibromialgia, doença crônica que causa dores musculares intensas é alvo constante de investigação científica. Afinal, sua origem não possui causas definidas, embora a mais provável possua relação com um distúrbio no sistema nervoso. Mas é fato que a enfermidade limita a qualidade de vida, pois as crises afetam a mobilidade, o sono e desencadeiam outros transtornos, como a depressão. Um estudo publicado no Rheumatic & Musculoskeletal Diseases mostrou como os pacientes com fibromialgia estão mais suscetíveis a complicações de saúde, o que eleva o risco de morte.
O principal achado foi o aumento da probabilidade de morte por suicídio. Ou seja, o paciente tende a se isolar por não conseguir sair, interagir e realizar outras atividades que envolvem o convívio social. Para chegar a essa conclusão, o levantamento revisou oito estudos sobre a fibromialgia, envolvendo dados de quase 200 mil indivíduos com a condição. O que se percebeu é que a morte prematura é 27% maior ao longo do tempo, e que o suicídio é decorrente dos transtornos de saúde mental que a doença provoca.

Além do isolamento social, os pacientes com fibromialgia enfrentam privação de sono, falta de energia e disposição, sobretudo quando não existe controle da doença.

Outro motivo que influencia o desfecho é que a condição ainda é desacreditada por pessoas do círculo social e familiar e até por profissionais de saúde, o que leva ao subdiagnóstico. De acordo com os pesquisadores, a fibromialgia é vista como uma “condição imaginária”.

Em contrapartida, esperam que as descobertas sirvam de alerta para a mudança de conduta do sistema de saúde. As dores podem se manifestar em todo o corpo, e se assemelham ao mal-estar de uma forte gripe. Todavia, o desconforto é mais profundo, pois o paciente com fibromialgia sente a dor ao redor das articulações e nos ossos.

A sensibilidade ao toque é outra marca da condição crônica, mesmo sem sinais clínicos de artrite. Com o avanço do quadro, é comum sofrer com fadiga, dor de cabeça, dificuldades para se concentrar e dormir. Sem falar, é claro, no aumento das dores.

A falta de atendimento especializado é uma das responsáveis por desencorajar a pessoa a buscar tratamento. Como resultado, as crises se tornam cada vez mais agressivas e incapacitantes. Não existe um medicamento específico para a doença, que é crônica e requer cuidados por toda a vida. Hoje, o tratamento consiste no uso de analgésicos e fármacos de uso controlado para amenizar as dores.

Com o quadro estável, é importante seguir uma rotina de exercícios, que ajudam a prevenir novos episódios. Por exemplo, musculação, caminhada, Pilates são modalidades ótimas para fortalecer os músculos e articulações, além de proporcionar bem-estar e melhora da disposição.
A alimentação é outro pilar que precisa de mudanças para os pacientes com fibromialgia.

É importante ter uma dieta composta por frutas, verduras, grãos, vegetais, carnes magras e o mínimo de ultraprocessados e açúcar. Cortar esses itens da lista diminui o processo inflamatório do corpo, e evita a progressão do sobrepeso e da obesidade, que pode piorar as dores.

Fonte: Vitat

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