Educação

Escola de Vitória lança livro em Libras

Por Juliana Rodrigues

Estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ceciliano Abel de Almeida, em Itararé, apresentaram, nesta quarta-feira (06), uma versão em Língua Brasileira de Sinais (Libras) do livro “A cesta de Dona Maricota”, da escritora Tatiana Belinky. A nova edição, que conta a história tanto em português quanto no sistema de sinais SignWriting, é acompanhada por fotos de três estudantes surdos narrando em Libras. O livro possui ainda um QR Code para acessar a versão completa em Libras.
O trabalho faz parte do projeto “Mãos que Contam e Encantam”, em alusão aos sinais da Libras, que são feitos com as mãos. O projeto envolveu 47 estudantes ouvintes das turmas de 2º ano e quatro estudantes surdos, com idades entre sete e 13 anos. Foram explorados ditados com participação de alunos surdos e ouvintes na quadra, interpretação a partir de releituras feitas com texto e desenhos, gramática, dramatização, matemática contextualizada, história e geografia nos diálogos sobre o tempo e espaço em que os contos são relatados, meio ambiente, resolução de conflitos e cultura negra.

Cada mês, uma história era explorada, inicialmente contada em Libras e seguida por atividades lúdicas e envolventes em sala de aula. Para ajudar as crianças a ampliarem seus conhecimentos, após a leitura do primeiro livro, “A cesta de Dona Maricota”, os estudantes foram levados a um supermercado, onde pesquisaram sobre alimentação saudável, valor nutricional de frutas e verduras e o preço de cada item.

As atividades procuraram integrar os estudantes ouvintes e surdos em situações lúdicas que utilizavam a Libras como forma de comunicação. O objetivo central foi manter um contato frequente com a leitura e a discussão de diversos contos populares através da língua de sinais.
Para a professora bilíngue Jéssica Corrêa Augusto, é prazeroso trabalhar com contos, interpretá-los, conhecer a fantasia e o mistério que se esconde em cada história, se reconhecer em cada leitura e aprender sobre valores e princípios que podemos trazer e aplicar em nossas vidas.

Através do conto, o professor pode despertar nos alunos o prazer pela leitura, produção de texto, pela escrita, pela ilustração, além de desenvolver a imaginação e a criatividade das crianças, oportunizando a interpretação textual. Histórias contadas em Libras oferecem aos estudantes o conhecimento de uma nova língua, além da interação entre surdos e ouvintes”, comentou a educadora.

Fonte: PMV

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