A nova onda da direita americana

Nomes como Bolsonaro, Trump, Milei, Bukele e Lacalle Pou fazem parte da direita, que se reorganiza no continente

Depois de Trump, Macri, Bolsonaro e afins, o continente viveu uma era rosa, baseada no progressismo social-democrata. Assim como a predecessora direitista, falhou aos olhos das populações, resultando no retorno azul. A questão é que a direita finalmente parece ter aprendido com seus erros.
Bukele
O líder salvadorenho recentemente reeleito com 85% dos votos, deixou de lado os discursos apelativos e partiu para a ação. Diferente da onda de outsiders que conquistaram diversos governos pelo globo, Nayib, de inexperiente não tinha nada, foi prefeito de duas cidades, inclusive a capital San Salvador. Pesou a mão contra o crime organizado e reduziu em 50% os homicídios no país, além de bons índices econômicos e carisma.

Milei
O presidente argentino surgiu como uma imagem de louco e venceu pelo desespero dos cidadãos de uma antiga potência em ruínas. Depois de vencer, surpreendeu, compôs seu governo com a direita tradicional e até mesmo com peronistas de centro. Ainda foi capaz de ter um bom relacionamento internacional, até mesmo com os países que atacou durante a campanha.

Lacalle Pou
O uruguaio é um sobrevivente da antiga onda, afinal nunca foi anti-stablishment, é filho de um ex-presidente da nação e disputou por um partido tradicional e histórico, que lidera as pesquisas para as eleições em outubro de 2024.

Brasil
Resta saber se a direita brasileira também aprendeu com seus erros ou se está fadada a repeti-los. 2022 mostrou que apenas ser contra o PT não é suficiente, e que de nada adiantam lideranças com a garganta forte e o punho fraco para resolver os problemas do País e se impor no jogo político.

A situação é totalmente diferente da dos Estados Unidos da América, regido por um sistema bipartidário, onde Trump deve retornar ao cargo simplesmente pelos democratas terem insistido em reeleger um Chefe de Estado que apresenta sinais de demência e teve um governo fraco. O multipartidarismo apresenta várias opções, como Tarcísio, Zema, Moro, MBL, e até mesmo o comediante Danilo Gentilli parece jogar suas cartas ao emular Ronald Reagan, Zelensky e Arnold Schwarzenegger.
