Meio ambiente

Chile descobre mais de 100 espécies marinhas em montanhas submersas

Cientistas mapearam 52.777 quilômetros quadrados do fundo do mar, resultando na descoberta de 100 espécies e quatro montanhas submarina

Por Gabriel Andrade

Uma equipe internacional de cientistas do Schmidt Ocean Institute pode ter descoberto mais de 100 novas espécies vivendo em montanhas submarinas ao largo da costa do Chile. A recente expedição foi liderada pelo pesquisador Javier Sellanes, da Universidad Católica del Norte (Chile). A exploração resultou na identificação de corais de águas profundas, esponjas-de-vidro, ouriços-do-mar, anfípodes, lagostas e outras espécies provavelmente novas para a ciência.
Agora, os pesquisadores estão analisando a fisiologia e a genética dos espécimes que suspeitam ser novos para a ciência para confirmar se são novas espécies. A equipe explorou montanhas submarinas ao longo da Cordilheira de Nazca e Salas y Gómez, tanto dentro quanto fora da jurisdição do Chile. Os dados devem apoiar a designação de uma área marinha protegida de alto mar internacional.

A Cordilheira de Salas y Gómez é uma cadeia de montanhas submarinas de 2.900 quilômetros de comprimento, composta por mais de 200 montanhas submarinas que se estendem desde a costa do Chile até a Ilha de Páscoa. Montes submarinos são elevações que se erguem do fundo do oceano sem atingir a superfície.

Um robô subaquático com a capacidade de descer a profundidades de 4.500 metros foi utilizado durante a expedição. Os cientistas descobriram que cada montanha submarina hospedava ecossistemas distintos. Muitos dos quais são vulneráveis, incluindo recifes de corais de águas profundas e jardins de esponjas.

Durante a expedição, os cientistas mapearam 52.777 quilômetros quadrados do fundo do mar, resultando na descoberta de quatro montanhas submarinas dentro das águas chilenas. Explorada e mapeada pela primeira vez, a quarta montanha submarina conta cm 3.530 metros de altura. A equipe a nomeou de Solito.

Superamos em muito nossas esperanças nesta expedição. Você sempre espera encontrar novas espécies nessas áreas remotas e pouco exploradas, mas a quantidade que encontramos, especialmente para alguns grupos como as esponjas, é impressionante”, disse Sellanes em um comunicado.

A identificação exata e completa das espécies ainda deve demorar alguns anos, já que depende de estudos aprofundados de cada um.

Fonte: Giz Brasil

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