Paleo & Arqueologia

Salmão extinto tinha presas como as de um javali

Novo estudo mostra que as presas do salmão gigante são voltadas para um lado distinto do que se pensava antes; cientistas querem mudança de nome

Por Bárbara Giovani

Conhecido popularmente como salmão-dente-de-sabre e cientificamente como Oncorhynchus rastrosus, essa espécie de peixe foi a maior da família de salmões já registrada. Agora, um estudo recentemente publicado mudou o conhecimento que se tinha sobre a espécie. De acordo com a pesquisa, descrita em artigo da revista Plos ONE, o salmão gigante tinha dentes voltados para os lados, não para baixo.
Apesar de viver no Oceano Pacífico, em particular na área noroeste dessas águas, entre 12 e cinco milhões de anos atrás, o salmão gigante foi descrito pela primeira vez na década de 1970. Na época, estimativas apontavam que ele poderia pesar mais de 400 kg. Atualmente, o que se sabe é que ele pode chegar a 2,7 metros de comprimento. Além disso, há uma característica que também o tornou popular, além do tamanho: seus dentes.

O salmão gigante tem dois dentes que se projetam para fora na parte anterior da cabeça. Por isso, ganhou o apelido de salmão-dente-de-sabre. Até agora, pesquisadores acreditavam que esses dentes apontavam para baixo, como presas costumam se posicionar em animais. No entanto, o salmão gigante não caçava animais. Ele sobrevivia filtrando a água para se alimentar de plâncton.

Por muito tempo, os fósseis dos dentes foram encontrados separados dos da cabeça, o que fez com que os cientistas continuassem a acreditar na primeira teoria. Contudo, no estudo mais recente, pesquisadores americanos descobriram que o aparato não era exatamente como se imaginava. Na verdade, os dentes apontavam para os lados, não para baixo. Dessa forma, os autores da pesquisa defendem que o salmão gigante seja nomeado como salmão dente de espinho, em vez de salmão-dente-de-sabre.

Esses enormes espinhos na ponta do focinho teriam sido úteis para se defender contra predadores, competir contra outros salmões e, por fim, construir os ninhos onde incubam seus ovos”, afirmou Kerin Claeson, autora do novo estudo, em comunicado.

Fonte: Giz Brasil

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish