Como funciona a nova vacina contra o câncer de pele
Vacina contra o melanoma está sendo testada em ensaios de fase III, a última antes da aprovação e liberação do uso em pacientes
A primeira vacina “personalizada” de RNA mensageiro contra o melanoma, a forma mais letal de câncer de pele, está sendo testada em ensaios de fase III. Esta é a última fase de testes antes da avaliação final para aprovação e liberação do uso do imunizante em larga escala. A vacina é chamada de personalizada porque sua composição é modificada para se adequar a cada paciente. Ela é gerada especificamente para corresponder à assinatura genética única do próprio tumor e age instruindo o corpo a produzir proteínas ou anticorpos que atacam os marcadores ou antígenos encontrados apenas nessas células cancerígenas.
Um ensaio internacional realizado no Reino Unido está recrutando entre 60 e 70 pacientes em oito clínicas nas cidades de Londres, Manchester, Edimburgo e Leeds. Os pacientes devem ter sido submetidos à remoção cirúrgica de melanoma de alto risco nas últimas 12 semanas para garantir o melhor resultado. Alguns deles receberão uma injeção simulada ou placebo em vez da vacina. No entanto, nenhum deles sabe qual irá receber.
Os dados do ensaio de fase II, publicados em dezembro do ano passado, revelaram que as pessoas com melanomas graves de alto risco que receberam a vacina junto com a imunoterapia Keytruda tinham quase metade (49%) das chances de morrer ou de ter o câncer reaparecido após três anos em comparação com aquelas que apenas receberam o medicamento.
Segundo especialistas, o imunizante também pode ter o potencial de curar pacientes com outros tipos de câncer, como pulmão, bexiga e rim. Os efeitos colaterais descritos até agora incluem cansaço e dor no braço quando a injeção é administrada.
Fonte: Olhar Digital