Calau-de-capacete

Vítima do tráfico e ameaçado de extinção

Por Deise Aur

O calau-de-capacete, uma majestosa ave das florestas tropicais da Ásia, enfrenta uma grave ameaça à sua sobrevivência. Apesar de sua beleza e importância ecológica, essa espécie está sendo capturada ilegalmente tanto para o comércio de animais exóticos quanto para a extração de seu bico, o que a coloca em risco iminente de extinção.
O calau-de-capacete (Rhinoplax vigil) é uma espécie de ave da família Bucerotidae, conhecida por seu distinto bico largo e casco protuberante. Habitante das florestas tropicais do sudeste asiático, essa ave desempenha um papel vital na dispersão de sementes e na manutenção do equilíbrio do ecossistema local. Apesar de sua importância ecológica, essa fascinante espécie enfrenta uma séria ameaça à sua sobrevivência.

O comércio ilegal de animais silvestres é uma indústria lucrativa e devastadora que coloca em risco a vida de inúmeras espécies, incluindo o calau-de-capacete. Essa ave é capturada para ser vendida como animal de estimação exótico, bem como para a extração de seu bico, utilizado na confecção de artesanato, adornos e joias, além de ser empregado em práticas supersticiosas e medicinais em algumas regiões da Ásia.

Para se ter uma ideia, em 2013, uma investigação revelou que na província indonésia de Kalimantan Ocidental, seis mil calaus-de-capacete foram mortos por seu marfim-vermelho em um único ano. Os cascos das aves são esculpidos em ornamentos, joias e fivelas de cintos, ou são transformados em pílulas com supostos poderes curativos duvidosos.

Como resultado desse comércio cruel, mercenário e clandestino, as populações de calau-de-capacete foram drasticamente reduzidas, colocando a espécie à beira da extinção. A extinção do calau-de-capacete teria repercussões prejudiciais no ecossistema onde habita. Essas aves desempenham um papel essencial na dispersão de sementes de plantas, contribuindo para a regeneração florestal e a diversidade vegetal. Além disso, são importantes para o equilíbrio na cadeia alimentar, afetando negativamente toda a biodiversidade local.

Fonte: GreenMe