Paleo & Arqueologia

Arqueólogos turcos desenterram mosaico bizantino perto do Mar Negro

No último dia 11, arqueólogos turcos descobriram o primeiro mosaico “in situ” do império bizantino em uma área próxima ao Mar Negro

Por Pablo Nogueira

Durante uma escavação um monastério na província de Ordu, próxima ao Mar Negro, arqueólogos turcos descobriram um mosaico do período bizantino. Segundo autoridades da Turquia, o mosaico de chão é um artefato “in situ”, ou seja: pertence ao local onde foi descoberto.
O monastério é a Igreja de São Constantino e Santa Helena, construção do período bizantino descoberta em 2023 que, segundo arqueólogos, é uma homenagem ao imperador Constantino e sua mãe. Constantino foi o imperador que se converteu ao cristianismo e foi o responsável por acabar com a perseguição aos cristãos e permitir a religião. Desse modo, o imperador contribuiu para a expansão do cristianismo na antiguidade.

Além disso, segundo os arqueólogos, o monastério servia como abrigo para peregrinos e fiéis da Diocese de Polemônio, onde hoje é a cidade de Fatsa, na Turquia. De acordo com Mehmet Nuri Ersoy, do ministro da Cultura e Turismo da Turquia, a descoberta do mosaico bizantino ocorreu no último domingo (11), por arqueólogos turcos do Museu de Ordu. O mosaico é o primeiro mosaico de chão “in situ” descoberto em Ordu, segundo publicações do ministro em suas redes sociais.

Com base na forma e no estilo do mosaico, os arqueólogos estimam a criação do artefato ocorreu entre os séculos 5 e 6 a.C., período que representa o auge do Império Bizantino sob a dinastia justiniana. O design geométrico do mosaico contém desenhos de plantas, vegetais e frutas. Além disso, há uma representação de quatro machados de guerra de duas pontas.

A estética do mosaico bizantino se inspira em estilos anteriores de gregos e romanos, mas com inovações técnicas introduzidas por artesões do Império Bizantino. Esses artesãos transformaram a arte de mosaicos em um meio influente de expressão pessoal e religiosa, deixando impactos na arte Islã e no Império Otomano.

(Foto: Ministério da Cultura e Turismo da Turquia/Divulgação)

Fonte: Giz Brasil

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