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Dúvida: a pequena voz que está sabotando seus sonhos

Se você está nos acompanhando na série, sabe que no artigo anterior abordamos como a preguiça, aparentemente inofensiva, pode se tornar uma grande inimiga da produtividade e do sucesso. Como Napoleon Hill nos ensina em Mais Esperto que o Diabo, a preguiça permite que o Diabo manipule nossas ações, travando nosso progresso. No mundo empresarial, ela se disfarça de descanso merecido, mas, na verdade, sabota oportunidades e nos faz perder terreno para a concorrência. O antídoto é a ação: estabeleça metas claras, comece pelo mais difícil e evite postergar. O sucesso exige esforço contínuo e uma rotina intensa e estratégica não deixa espaço para a preguiça. A mensagem é clara: agir agora é a chave para não deixar a vida passar enquanto você descansa.

E estamos quase no fim da nossa série sobre o livro Mais Espero que o Diabo, no entanto, ainda faltam dois temas cruciais para nós empresários estudarmos e tomarmos ações. Você leitor, vai ficar surpreso com o tema de hoje e tenho certeza de que já passou por isso algumas vezes. Se estiver vivendo isso hoje, tirou sorte grande. Aproveite cada espaço desse artigo.

A dúvida
A dúvida é uma das armas mais sutis e destrutivas no campo de batalha da mente. Como Napoleon Hill descreve em Mais Esperto que o Diabo, ela não aparece de forma óbvia, mas age silenciosamente, corroendo a confiança e paralisando as decisões. O Diabo, como Hill explica, adora quando questionamos nossa capacidade, pois a dúvida abre espaço para a procrastinação e o medo de agir. Assim como a preguiça, a dúvida é um instrumento que impede o progresso pessoal e profissional.

Essa sensação incômoda e paralisante que surge quando estamos prestes a tomar decisões ousadas — como abrir um novo negócio ou assumir um projeto arriscado — pode ser facilmente confundida com prudência. Frases como “Será que sou capaz?”, “Será que é o momento certo?” ou “E se der errado?” são exemplos comuns desse processo mental. No entanto, a dúvida, quando não controlada, leva à estagnação.

Vários autores abordam o impacto devastador da dúvida no sucesso pessoal e profissional. Em A Coragem de Ser Imperfeito, Brené Brown destaca como o medo do julgamento e a dúvida sobre nossa capacidade podem nos manter presos em ciclos de inação. Já O Poder da Ação, de Paulo Vieira, foca no quanto a falta de decisão pode levar à perda de oportunidades valiosas, ressaltando que o maior fracasso é não agir. Para líderes, empreendedores e qualquer pessoa que deseja alcançar o sucesso, a dúvida é um inimigo oculto que precisa ser enfrentado com coragem e ação.

Na cultura empresarial, grandes líderes também enfrentaram momentos críticos de dúvida. Um exemplo brasileiro é o de Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do Brasil e sócio da Ambev. Ao longo de sua trajetória, Lemann enfrentou vários desafios e momentos de incerteza, principalmente ao expandir seus negócios globalmente. No entanto, sua capacidade de tomar decisões rápidas e eficazes, mesmo em face de dúvidas, o colocou no topo. Ele soube lidar com os riscos de suas escolhas, cercando-se de dados e usando a dúvida como motivação para avançar.

Outro exemplo é Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza. Trajano enfrentou crises econômicas e desafios internos na empresa que poderiam facilmente ter minado sua confiança. Em vez de ser paralisada pela dúvida, ela liderou a transformação digital do Magazine Luiza, tornando-o uma das maiores redes de varejo do Brasil. Seu exemplo mostra que, ao agir diante da incerteza, é possível converter dúvidas em grandes conquistas.

A chave para vencer a dúvida, como mencionam Napoleon Hill e outros autores, é reconhecê-la e enfrentá-la. No livro Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso, Carol Dweck apresenta a ideia de que pessoas com uma mentalidade de crescimento veem a dúvida e o fracasso como parte do processo de aprendizagem. Para elas, não há problema em errar, desde que o erro leve ao aprendizado e ao crescimento.

A dúvida se alimenta do desconhecido e do medo. Por isso, é crucial cercar-se de informações concretas e agir com base em fatos, não em suposições. Quando Howard Schultz decidiu transformar a Starbucks em um império global, ele enfrentou resistência e dúvidas sobre o sucesso do conceito de “café premium”. Mas Schultz, assim como Trajano e Lemann, confiou em sua visão, agiu e ajustou sua estratégia ao longo do caminho. Da mesma forma, o brasileiro Abílio Diniz, empresário à frente do Pão de Açúcar, também precisou enfrentar dúvidas e crises ao reestruturar sua empresa durante a crise econômica brasileira, mas, em vez de hesitar, tomou decisões corajosas que garantiram a sobrevivência e expansão de seus negócios.

A ação é o melhor remédio contra a dúvida. Em Os Segredos da Mente Milionária, T. Harv Eker afirma que a diferença entre pessoas bem-sucedidas e as que fracassam está na disposição de agir, mesmo em momentos de incerteza. O simples ato de avançar enfraquece a dúvida, transformando-a em uma oportunidade de crescimento. Portanto, quando a dúvida surgir, reconheça-a, informe-se e, acima de tudo, aja. Lembre-se: o erro não está em agir, mas em ficar parado.

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Júliana Prádo

Juliana Prado

Júliana Prádo Empresária, instrutora da Fundação Napoleon Hill e especialista em desenvolvimento de líderes e estratégias empresariais. Com vasta experiência na transformação de negócios e no empoderamento de mulheres, atua como mentora executiva, ajudando líderes a superarem desafios e alcançarem resultados extraordinários Contato: julianaprado@gmail.com LinkedIn: linkedin.com/in/julianaprado

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