Educação

O que é aprendizagem ativa?

O objetivo das metodologias ativas é desenvolver competências e habilidades importantes para o futuro, como argumentação, pensamento crítico, comunicação eficaz, responsabilidade e cooperação

A aprendizagem ativa é uma abordagem didática que se opõe à aprendizagem tradicional, na qual o aluno aprende de forma passiva. O objetivo das metodologias ativas é desenvolver competências e habilidades importantes para o futuro, como argumentação, pensamento crítico, comunicação eficaz, responsabilidade e cooperação. Neste modelo de ensino, o professor torna-se coadjuvante nos processos de ensino e aprendizagem, permitindo aos estudantes o protagonismo de seu aprendizado.
A aprendizagem baseada em problema é um método de ensino, no qual os alunos resolvem, de forma colaborativa, situações problema para a construção de novos conhecimentos.

Na aprendizagem baseada em projetos os estudantes são desafiados a resolver um problema, por meio de etapas metodológicas, visando a obtenção de um produto pedagógico.
A sala de aula invertida é um modelo de ensino híbrido sustentado, no qual os alunos acessam os conteúdos em espaços e horários diferentes da aula, e nesta, ocorre discussão e resolução de questões.

Na aprendizagem baseada em times, ou Team-Based Learning (TBL), os alunos são reunidos em pequenos grupos de aprendizagem, em um mesmo espaço físico, para resolverem desafios lançados antes, durante ou após as aulas.

A gamificação é uma metodologia que utiliza os elementos dos jogos no processo de aprendizagem visando aumentar o engajamento e autonomia dos estudantes nas atividades propostas.

O design thinking quando aplicado como estratégia de ensino e aprendizagem permite aos estudantes participarem ativamente nas propostas de solução de um problema identificado, bem como em sua prototipagem.

A educação tradicional passiva, em que o aluno apenas escuta o professor e faz algumas atividades, já não é mais suficiente para oferecer gerações. O futuro das escolas é a aprendizagem ativa. Observamos os desafios enfrentados por muitos gestores para colocar em prática e oferecer ao aluno o aprendizado como protagonista e agente ativo da formação do conhecimento. Esse aluno, por sua vez, ganha função ativa na aprendizagem, por meio de metodologias.

A flexibilidade da aprendizagem ativa se dá justamente pela vastidão de práticas e técnicas educacionais diferentes que podem ser aplicadas sempre mantendo em mente os princípios de protagonismo, autonomia, colaboração e engajamento. Simplesmente falar sobre os assuntos em aula ou pedir para o aluno pesquisar em casa pode ser cansativo e pouco produtivo. A opção da aprendizagem ativa, então, é engajar os estudantes com atividades distintas na construção do conhecimento coletivo da turma, além de desenvolver suas habilidades argumentativas.

O professor, por sua vez, orientará os alunos durante a construção das atividades e avaliará o caminho traçado por eles até a elaboração das suas propostas finais. Inserindo o aluno no centro desse processo será muito mais efetivo para que ele guarde as informações seguindo sua própria dinâmica de raciocínio. E, se a atividade for em grupo, os alunos também poderão desenvolver o princípio da coletividade.

Os alunos, no contexto da aprendizagem ativa, podem trazer exemplos e ideias de fora da sala, relacionados aos seus cotidianos, para então construir uma ponte que associará o conteúdo a algo que eles conhecem. A geração atual está constantemente recebendo estímulos e informações, sobretudo no ambiente on-line. Por isso, é comum que essas crianças e jovens apresentem dificuldades em prestar atenção em uma única coisa por muito tempo. Por isso, estimular os alunos com atividades e exercícios mais atrativos.

A aprendizagem ativa ajuda muitos alunos que ficam travados durante o processo de resolução de problemas e não conseguem sair de uma linha de pensamento que não leva a lugar nenhum. Implantar a aprendizagem ativa em uma gestão pedagógica, terá que superar alguns desafios.

O maior deles provavelmente será a inflexibilidade da comunidade escolar. Desafios como: professores que não querem mudar a forma expositiva das aulas, assim como há alunos que estão acostumados a apenas ouvir, anotar e fazer provas. E ainda há pais e responsáveis que acreditam que essas novas estratégias de aprendizagem podem prejudicar a evolução dos estudantes.

Como educadores, precisamos entender e lembrar de que nem tudo serve para todos os alunos. Diferentes faixas etárias, níveis de conhecimento e preparo exigem estratégias diferentes. Há necessidade que se avalie a turma em um todo, junto com os professores, para oferecer as práticas educacionais adequadas. Se faz necessário que toda comunidade escolar se uma para que abracem essa novidade e entrem no futuro da educação junto com sua escola em uma aprendizagem significativa para seus alunos.

Léia Flauzina

Léia Flauzina

Psicopedagoga, Neuropsicopedagoga, Especialista em Autismo, Neurociência, Aprendizagem e Mestre em Educação, Escritora, Palestrante e Neuroterapeuta

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