Educação

Brasil fica entre os piores em ranking global de matemática

No levantamento para matemática no 8.° ano, o Brasil ficou no penúltimo lugar, só à frente do Marrocos, com 378 pontos. A média internacional foi de 478 pontos

O Brasil ficou entre os piores do mundo em um ranking internacional de matemática do qual participaram estudantes de 4.° e 8.° ano do ensino fundamental de mais de 50 países. Os resultados do exame internacional TIMSS (Trends in International Mathematics and Science Study, ou Tendências em Estudos Internacionais de Matemática e Ciências), relativos a 2023, foram divulgados no último dia 4.
No exame de matemática para estudantes de 4.° ano do ensino fundamental, o Brasil terminou na 55.° posição entre 58 países, atrás de nações como Irã e Uzbequistão. Do total de alunos avaliados, apenas 49% atingiram 400 pontos, patamar de quem consegue somar e subtrair números de até três dígitos e aplicar conceitos iniciais de geometria. Os outros 51% não foram capazes de atingir esse nível. A média internacional foi de 503 pontos.

No levantamento para matemática no 8.° ano do ensino fundamental, o Brasil ficou no penúltimo lugar, só ultrapassando Marrocos, com 378 pontos — nessa categoria participaram apenas 42 países. À sua frente estão nações como Irã, África do Sul e Malásia. A média internacional foi de 478 pontos. O TIMSS avalia também o nível de proficiência dos alunos em ciências. Nessa disciplina, o Brasil se saiu um pouco melhor, mas ainda muito atrás no ranking, ficando em 51°, entre 58 países no 4.° ano; e em 33.° lugar entre 42 países no 8.° ano.

TIMSS, além do Ideb, atesta a precariedade do ensino no Brasil
Essa é a primeira vez que o Brasil participa do TIMSS, que examina alunos em matemática e ciências a cada quatro anos. A entrada do Brasil no levantamento foi confirmada pelo Ministério da Educação do ex-presidente Jair Bolsonaro, em junho de 2022.

O TIMSS, de acordo com especialistas, é um resultado mais confiável em relação ao Ideb, índice utilizado normalmente para aferir a qualidade da educação brasileira. O maior problema do Ideb é que, junto com as médias da Prova Brasil e do Saeb, um dos fatores de seu cálculo é a taxa de aprovação escolar, obtida pelo Censo Escolar, realizado anualmente. Isso tende a causar uma distorção no cálculo e uma ilusão de evolução, já que muitos estudantes têm sido aprovados sem o preparo necessário para isso.

Fonte: Gazeta do Povo

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