Menor exoplaneta já registrado é diferente de tudo que conhecemos

Astrônomos ainda não confirmaram natureza (e nem existência) do astro
Astrônomos encontraram evidências de um possível planeta com metade da massa da Lua orbitando o pulsar PSR J0337+1715, fora do nosso Sistema Solar. Se as hipóteses estiverem corretas, isso o tornaria o menor exoplaneta já registrado. Os detalhes foram relatados em estudo publicado este mês na revista Astronomy and Astrophysics.
Pulsares são estrelas de nêutrons de rotação rápida que emitem pulsos de ondas de rádio. Mas PSR J0337+1715 não é qualquer pulsar: o corpo celeste está preso em uma órbita com duas estrelas anãs brancas, o que desafia a Lei da Relatividade Geral.
Vamos explicar. Um dos princípios mais importantes da lei de Einstein diz que os objetos no vácuo caem na mesma taxa, independentemente de sua massa. No caso do pulsar e das estrelas, essa taxa pode ser medida de acordo com a frequência em que recebemos seus pulsos de rádio.
O pulsar está em uma órbita de 1,6 dia com uma anã branca. Ambos são orbitados por uma segunda anã branca a cada 327 dias. A análise desse trio permite medir se o pulsar e a anã branca interna têm a mesma taxa de aceleração da anã branca externa (respeitando a lei de Einstein) ou se as taxas são diferentes de acordo com a massa de cada uma (desafiando essa lei).
O fato do possível exoplaneta obrigar um pulsar não é novidade, já que os primeiros planetas fora do Sistema Solar também tinham essa configuração. No entanto, os pulsares se originam das estrelas de nêutrons, que têm origem em supernovas… e não é nada fácil para que um planeta sobrevive nessas condições.
Se o exoplaneta realmente existir, os astrônomos calculam uma massa de cerca de 0,4% da Terra, o que o tornaria o menor em massa já registrado. Sua órbita duraria cerca de oito anos e seria alongada, em um ângulo íngreme em relação ao plano dos objetos maiores do sistema no qual está inserido.
Fonte: Olhar Digital