A Semana no Brasil e no Mundo — Petroleiros fazem greve de 24h contra gestão de Magda Chambriard na Petrobras

Trabalhadores da Petrobras realizaram, na quarta-feira (26), uma greve de 24 horas em protesto contra a condução da estatal sob a presidência de Magda Chambriard. A paralisação, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), é uma resposta à falta de diálogo com a diretoria, além de reivindicações sobre remuneração, trabalho remoto e condições de trabalho.
No manifesto divulgado pelas entidades, as federações acusam a gestão atual de impor uma “cultura do medo” e adotar uma postura “autoritária e desrespeitosa” nas negociações com os sindicatos.
A presidência tem ignorado as tentativas de diálogo e implementado medidas de forma unilateral, como no caso do vale-alimentação e do trabalho remoto”, afirmam.
Entre os principais pontos de reivindicação estão:
✅Manutenção do trabalho remoto e cancelamento do cronograma de retorno presencial;
✅Pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sem cortes;
✅Fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) na Petros;
✅Criação de um plano único para cargos, carreiras e salários;
✅Reposição do efetivo de trabalhadores;
✅Fim das desigualdades entre funcionários e garantia de segurança no trabalho.
A categoria também protesta contra a proposta da empresa de reduzir em 31% o valor da PLR em comparação à simulação apresentada no fim de 2024. Segundo os petroleiros, enquanto os trabalhadores enfrentam cortes, a distribuição de lucros aos acionistas aumentou 207%.
O movimento é considerado uma “greve de advertência”, com foco em pressionar a empresa a retomar as negociações. As federações destacam que, caso não haja avanço, novas mobilizações poderão ocorrer. A Petrobras ainda não se pronunciou oficialmente sobre a paralisação. (Fonte: Hora Brasília)
Governo Trump acompanha julgamento de Bolsonaro no STF e critica ações de Alexandre de Moraes

O governo de Donald Trump tem acompanhado de perto o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que transformou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em réu por tentativa de golpe de Estado. A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República, começou a ser analisada na terça-feira (25). O interesse da gestão Trump no caso reflete a aproximação ideológica com Bolsonaro e uma crescente preocupação com decisões do STF, em especial as tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Moraes é responsável por conduzir inquéritos que miram o ex-presidente brasileiro e seus aliados, além de investigações sobre o uso das redes sociais para disseminação de desinformação.
Nos Estados Unidos, as medidas de Moraes contra plataformas digitais, como o X (antigo Twitter), provocaram reações oficiais. A embaixada norte-americana no Brasil chegou a emitir comunicado mencionando “censura”, e a Trump Media — empresa ligada ao ex-presidente americano — entrou com ação judicial contra o ministro na Justiça dos EUA.
O julgamento de Bolsonaro ocorre paralelamente à análise, no STF, da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que discute a responsabilização de plataformas por conteúdos de terceiros. O governo Trump também monitora esse debate, considerando que o desfecho pode impactar discussões semelhantes nos EUA. (Fonte: Hora Brasília)
Por unanimidade, Primeira Turma do STF torna Bolsonaro e aliados réus por suposta tentativa de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus, nesta quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus principais aliados, acusados de envolvimento em uma suposta trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. A decisão foi unânime na Primeira Turma da Corte, formada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
O relator Alexandre de Moraes aceitou integralmente a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e apontou que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com o objetivo de abalar a ordem democrática. Para Moraes, os crimes praticados foram “gravíssimos”, e a tentativa de golpe foi “violenta e estruturada”.
“O que se verifica é que a organização criminosa seguiu todos os passos para depor o governo legitimamente eleito. Houve ataques sistemáticos ao sistema eleitoral, manipulação das forças de segurança e articulações com o alto comando militar para dar respaldo a um decreto que formalizaria o golpe”, afirmou o ministro.
Durante seu voto, Moraes apresentou vídeos que reforçam a tese de que os atos de 8 de janeiro de 2023 foram o desfecho de uma sequência de eventos planejados desde 2021. Ele também destacou que Bolsonaro difundiu desinformação sobre as urnas eletrônicas com o apoio de seus auxiliares, como o então ministro da Justiça, Anderson Torres.
Acompanharam o relator os ministros Flávio Dino, que enfatizou o uso de ameaças e apreensão de armas como parte do plano; Luiz Fux, que ressaltou o cumprimento da legalidade penal; Cármen Lúcia, que afirmou haver indícios suficientes para abertura da ação penal; e Cristiano Zanin, que defendeu que todos os atos anteriores ao 8 de janeiro corroboram para o crime.
Com a decisão, tornam-se réus:
✓ Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
✓ Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil
✓ Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
✓ Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
✓ Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
✓ Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
✓ Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
✓ Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência
Eles respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. (Fonte: Hora Brasília)
Secretária de Segurança de Trump visita prisão de El Salvador

Por AFP
A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, chegou, nesta quarta-feira (26), a El Salvador para conversar com o presidente Nayib Bukele e visitar uma prisão onde estão detidos mais de 200 imigrantes irregulares venezuelanos deportados por Washington.
Noem chegou ao meio-dia local (15h de Brasília) ao aeroporto que serve a capital, confirmou à AFP uma fonte da embaixada americana em San Salvador. De lá, está previsto que vá até o Cecot, uma enorme prisão construída como parte da “guerra” contra gangues criminosas iniciada há três anos por Bukele.
A secretária americana será acompanhada na visita à prisão de segurança máxima pelo ministro salvadorenho de Justiça e Segurança, Gustavo Villatoro. “Estarei em El Salvador vendo em primeira mão o centro de detenção onde estão alojados os piores criminosos”, publicou Noem no X.
Estão presos no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) 238 venezuelanos deportados em 16 de março pelo governo de Donald Trump, sob a alegação de integrarem a organização criminosa Tren de Aragua, embora seus familiares e o governo de Caracas assegurem que eram simplesmente migrantes sem documentos. Após visitar a prisão, Kristi Noem se deslocará para a sede do governo na capital para uma reunião com Bukele. A secretária partiu, ainda na quarta-feira, rumo à Colômbia, segunda escala de uma viagem que também a levará ao México. (Fonte: Folha de Pernambuco)
Na Bahia, desaprovação a Lula supera 52%; petista recebeu mais de 70% dos votos no estado em 2022

A Bahia, um dos estados que mais votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022, registra agora uma maioria de eleitores insatisfeitos com seu governo. Segundo verificação do instituto Paraná Pesquisas, divulgada na terça-feira (25), 52,6% dos baianos desaprovam a gestão do petista, enquanto 44% aprovam e 3,4% não souberam ou não quiseram responder.
Quando questionados sobre a avaliação do governo, 29,5% dos entrevistados classificaram o trabalho de Lula como “ótimo” ou “bom”, enquanto 43,8% o consideram “ruim” ou “péssimo”. Outros 25,7% avaliaram a administração como “regular” e 1,1% não respondeu. O levantamento foi realizado entre os dias 17 e 20 de março, com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos. (Fonte: Conexão Política)
Esposa de Ortega é nomeada chefe suprema das Forças Armadas na Nicarágua

Copresidente da Nicarágua, ao lado do ditador Daniel Ortega, a primeira-dama Rosario Murillo foi nomeada chefe suprema das Forças Armadas na terça-feira (25). A decisão veio após uma reforma das leis militares aprovada em caráter de urgência pelo Congresso, controlado pelo regime. Com a medida, Murillo passa a ter o mesmo poder de comando sobre as Forças Armadas que o marido. A medida fortalece ainda mais o domínio do casal sobre o país, onde já controlam todos os poderes do Estado e mantêm um rígido aparato policial contra opositores.
A reforma militar permite a Presidência possa organizar a defesa nacional e ordenar operações militares caso considere que a soberania do país esteja ameaçada. Além disso, Ortega e Murillo poderão escolher não apenas o chefe do Exército, mas também seus comandantes mais próximos. A reforma ainda autoriza a atuação dos militares na Polícia Nacional, órgão amplamente denunciado por violações de direitos humanos e repressão contra dissidentes.
Murillo já havia elevado seu status de vice para copresidente após uma reforma constitucional em novembro passado. Agora, consolida seu poder como principal herdeira política de Ortega. Caso o marido deixe o cargo, ela assumirá o controle total do governo.
Conhecida por seu estilo autoritário, Murillo centraliza diversas decisões do Executivo, controla ministérios e prefeituras e decide nomeações e demissões de funcionários públicos. Sua influência foi decisiva na repressão de protestos contra o governo em 2018, quando mais de 360 pessoas foram mortas, segundo a as Nações Unidas e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Organismos internacionais investigam a responsabilidade do regime em crimes contra a Humanidade. Embora o Exército negue envolvimento na repressão política, seu chefe, o general Julio César Avilés, já foi sancionado pelos Estados Unidos por permitir tais ações. (Fonte: Folha de Pernambuco)