Só 3% das instituições de ensino superior têm nota máxima em avaliação federal
Do total de 2.101 instituições de ensino superior, públicas e privadas analisadas, apenas 66 chegaram à faixa 5 em 2023
Apenas 3,14% das instituições de ensino superior no Brasil alcançaram a nota máxima em um indicador nacional de qualidade, o Índice Geral de Cursos (IGC), referente a 2023. Do total de 2.101 estabelecimentos de ensino superior, públicas e privadas analisadas, apenas 66 chegaram à faixa 5. O levantamento foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), na última sexta-feira (11). A escala do IGC vai de 1 a 5.
Entre as posicionadas nas outras faixas, 23% das instituições (428) estão na faixa 4, perto do maior nível de excelência. Na faixa 3, considerada regular — quando universidades e faculdades apresentam os critérios mínimos de qualidade para funcionar — estão 1.232 instituições, 58,3% da amostra. Nas faixas consideradas insatisfatórias, 1 e 2, estão 12,8% das instituições da amostra (268). Outras quatro ficaram sem conceito.
Entre as federais, 83% ficaram nas faixas 4 e 5 — 93 das 112 avaliadas. A proporção entre as particulares nas faixas 4 e 5 é menor. Incluindo as instituições confessionais, como as PUCs, 21,8% (398 das 1.822 avaliadas) ficaram nesse patamar. O IGC corresponde à média das notas dos cursos de graduação, o Conceito Preliminar de Curso (CPC), combinada com outros indicadores, como a avaliação dos cursos de pós-graduação feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“Curso nota 5”: apenas 0,87% das graduações EaD alcançam a nota máxima
O Inep divulgou também nesta sexta o CPC, “a nota de um curso”, que também vai de 1 a 5, indicador obtido pelo desempenho dos alunos no Enade 2023, relacionado a outros critérios, como a qualificação do corpo docente e os recursos didático-pedagógicos disponíveis nas instituições.
Na análise do CPC, do total de cursos avaliados, 692 são de educação a distância. Nessa modalidade de ensino, apenas seis (0,87%) atingiram a faixa 5. Entre os cursos presenciais, 492 das 9.120 graduações alcançaram esse patamar (5,4%). Do restante dos cursos de EaD, 94 ficaram na faixa 4, perto do nível de excelência (13,58%). A faixa 3 reuniu o maior número de cursos de EaD, 414 (59,82%). Outros 109 ficaram na faixa 1 e 2 (15,75%) e 69 sem conceito (9,97%).
Dos cursos presenciais, 3.296 ficaram na faixa 4 (36,14%) e 4.269 (46,81%) na faixa 3. Outros 700 (7,67%) ficaram nas faixas 1 e 2, com resultados insatisfatórios, e 363 ficaram sem conceito. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023 avaliou o desempenho dos alunos concluintes de 9.812 cursos de graduação das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde, engenharias, arquitetura e urbanismo e cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e segurança.
Fonte: Gazeta do Povo
