Cientistas identificam 55 novas espécies de aranhas na Austrália

Estudo revela o quanto ainda há por descobrir sobre a biodiversidade do país, afirmam pesquisadores
Cientistas do Museu de Queensland, do Museu da Austrália Ocidental e da Universidade da Austrália Ocidental uniram forças para conduzir um estudo inovador com dois anos de duração que identificou 55 novas espécies de aranhas do gênero Aname, endêmico do país. A pesquisa foi publicada no European Journal of Taxonomy.
Vindas do mesmo grupo das tarântulas e das aranhas-teia-de-funil, as aranhas deste gênero cavam tocas e as revestem com seda para ajudá-las a capturar suas presas. Essas tocas têm o formato de uma fúrcula, um osso com a forma similar à da letra Y. Estas tocas podem ser bem profundas e geralmente possuem uma entrada secundária escondida, que provavelmente funciona como uma “saída de emergência” para ajudar estas aranhas a evitar predadores e outras ameaças.
O projeto envolveu técnicas moleculares de ponta e um extenso trabalho de campo em alguns dos ecossistemas mais remotos da Austrália, que abrigam diversas espécies destas aranhas. As dezenas de adições ao gênero Aname fazem deste um dos grupos mais diversos e amplamente distribuídos na Austrália. Mas o autor principal do novo estudo, Dr. Jeremy Wilson, ressaltou à uma emissora local que certamente muitos outros aracnídeos similares permanecem sem descrição no país, pois são encontrados apenas em regiões muito remotas ou áridas. A estimativa atual é de que existam cerca de 300 espécies deste gênero na Austrália e que 60% deste total ainda seja desconhecido para a Ciência, segundo reportagem do portal Phys.
Este trabalho é um lembrete do quanto ainda há para aprender sobre nossa biodiversidade única, garantindo que as gerações futuras possam apreciar a incrível diversidade de vida que habita a Austrália”, disse ao 9News o diretor-executivo do Museu de Queensland, Dr. Jim Thompson.
Fonte: Um Só Planeta