Tecnologia & Inovação

O impacto real da IA em nossas vidas

A IA não está só mudando tudo — está acelerando inovações como nunca. Você está pronto para acompanhar essa revolução?

Por Rafael Magalhães dos Santos

Não é só impressão sua: o mundo está mesmo acelerando. E a culpada atende por inteligência artificial (IA). Em poucos meses, elas dominaram o noticiário, invadiram escritórios, escreveram textos, criaram imagens, e até compuseram músicas. A velocidade dessas mudanças é tão absurda que já tem gente comparando a revolução da IA com o surgimento da internet, só que em ritmo de Fórmula 1.
Essa transformação relâmpago não está acontecendo por mágica e, sim, por combinação poderosa de tecnologia e dinheiro. O ChatGPT, da OpenAI, chegou a 800 milhões de usuários em apenas 17 meses. Um crescimento mais rápido do que o de qualquer rede social na história. Além da velocidade tecnológica, há uma pressão para que tudo se torne útil e lucrativo o mais rápido possível. A IA já está sendo usada para automatizar atendimento ao cliente, escrever códigos, criar conteúdos e até prever diagnósticos médicos. Mas nem tudo são flores. Por trás dos avanços, há também uma corrida frenética que exige investimentos altíssimos e coloca até as gigantes de tecnologia no “fio da navalha” entre inovação e prejuízo.

Revolução da IA é a mais rápida da história
É o que destaca o TechCrunch ao comentar o novo relatório da investidora Mary Meeker, nome de peso no Vale do Silício, conhecida como a “Rainha da Internet. Agora, depois de um hiato desde 2019, Meeker voltou à ativa para cravar: nunca antes uma tecnologia foi adotada tão rápido quanto a inteligência artificial.
O relatório, com mais de 300 páginas e batizado de “Trends — Artificial Intelligence”, traz números que impressionam até os mais céticos.

A adoção de IA está superando a de qualquer outra tecnologia já criada, em velocidade e escala. Não se trata apenas de hype: são dados concretos sobre usuários, custos, chips, energia e investimentos. Meeker também aponta um detalhe curioso: essa aceleração tem um lado quase poético. A internet, que foi o epicentro da transformação digital há 25 anos, agora dá lugar à IA como protagonista da próxima grande virada. E quem esteve lá na primeira onda, agora, testemunha a chegada da próxima. Mais veloz. Mais profunda. E, talvez, ainda mais imprevisível.

Nunca uma tecnologia alcançou tanta gente tão rápido. E não para por aí. O número de empresas de IA surgindo e atingindo faturamentos recorrentes milionários também está fora da curva. Ao mesmo tempo, os custos para usar essas ferramentas estão despencando. O treinamento de um modelo pode chegar a US$ 1 bilhão (R$ 5,56 bilhões, na conversão direta), mas o preço para rodá-lo caiu 99% em apenas dois anos, segundo dados da Universidade de Stanford (EUA). Ou seja, ficou mais barato colocar a IA para funcionar, e isso abre ainda mais o caminho para a adoção em larga escala.

Na guerra dos chips, o salto tecnológico é tão radical quanto o de software. A GPU Blackwell, da Nvidia, consome 105 mil vezes menos energia por token do que a antiga Kepler, de 2014. Enquanto isso, Google e Amazon desenvolvem seus próprios chips, como o TPU e o Trainium, para turbinar suas nuvens com IA. Nada disso é experimental: são apostas centrais para dominar a próxima fase da computação.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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