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Villa Girasole: a casa italiana inusitada e tecnológica que gira para seguir o sol

O imóvel, conhecido como uma “flor mecânica” giratória na província de Verona, foi recentemente aberto ao público para visitas guiadas

A Villa Girasole é uma residência construída em Marcellise, norte da Itália, perto de Verona. Projetada pelo arquiteto Angelo Invernizzi, a construção possui uma característica única: ela gira para acompanhar o movimento do sol, assim como um girassol.
A casa foi desenhada para reagir passivamente às forças naturais, se adaptando ao ciclo diário ditado pelo sol: ela “segue” o astro de leste a oeste como uma “flor mecânica” girando em volta de si mesma para interceptar a luz mutável ao longo do dia. O imóvel é composto por um subsolo circular de três andares, além de um volume superior de dois andares com planta em “L”, pivotante sobre um bloco cilíndrico central.

A fachada presta homenagem à arquitetura náutica com seu revestimento metálico. No interior, atmosferas art déco com inspirações futuristas permeiam os cômodos, entre eles: uma ampla garagem, salas de estar no subsolo e áreas íntimas da família no volume superior (com salas de estar no primeiro andar e dormitórios no segundo).

A característica especial da obra é a possibilidade da parte superior girar completamente (360°) em duas direções em torno de seu próprio eixo (correspondente ao bloco cilíndrico central) em um tempo de nove horas e 20 minutos a uma velocidade de 4mm/segundo.

A rotação é feita por um mecanismo acionado eletricamente, composto por um sistema de carrinhos com rodas ferroviárias sobre um anel de trilhos de aço, o qual está apoiado na laje do piso da base circular. A solução de engenharia foi considerada inovadora para a época de sua construção.

Nunca aberta ao público no passado, a residência ao longo dos anos manteve-se como uma joia escondida em Verona. Com o falecimento dos proprietários, a única herdeira decidiu transferir a propriedade, a fim de garantir sua preservação, para uma fundação suíça que leva o nome de seus pais e, posteriormente, passou para a responsabilidade da Fundação Cariverona.

Desde a morte da herdeira em 2014, o imóvel esteve em estado de abandono e degradação até 2023, quando a criação de um novo Conselho de Administração da Fundação retomou os trabalhos para recuperá-lo. Desde 8 de julho, o edifício pode ser visitado mediante agendamento prévio.

Fonte: Casa e Jardim

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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