Arq & Urb

Museu futurista de George Lucas, em Los Angeles, está quase pronto

O espaço, que celebrará o legado do cineasta, com homenagens às franquias ‘Star Wars’ e ‘Indiana Jones’, deve abrir as portas em 2026

Após mais de uma década de planejamento e quatro propostas de localização, o Lucas Museum of Narrative Art, avaliado em US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5,52 bilhões na cotação atual, está finalmente tomando forma no Exposition Park, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Trata-se de um museu cofundado pelo cineasta George Lucas e sua esposa, Mellody Hobson.
O projeto arquitetônico futurista e arrojado, concebido pelo estúdio MAD Architects, está em fase final de construção. A previsão de conclusão é 2026.
A estrutura, com cinco andares e 28 mil m², abrigará galerias, teatros, salas de aula, restaurantes e lojas. A proposta é explorar como as narrativas visuais refletem e moldam a sociedade.

Parte do acervo pessoal do cineasta estará em exposição, incluindo ilustrações, pinturas, fotografias e outros meios de expressão visual, além de artefatos históricos dos estúdios Lucasfilm, como adereços e figurinos das franquias Star Wars e Indiana Jones.

Originalmente concebido para ocupar um presídio de São Francisco em 2010, com projeto do escritório Urban Design Group, o museu teve sua proposta rejeitada pela fundação que administra o local. George Lucas então se voltou para a orla de um lago em Chicago, onde o projeto enfrentou oposição de preservacionistas, e o projeto do MAD Architects, que havia sido selecionado por meio de um concurso internacional em 2014, foi arquivado.

A arquitetura do museu George Lucas tem design futurista e linhas orgânicas (Foto: Lucas Museum of Narrative Art/Divulgação)

Assim, o cineasta desenvolveu propostas paralelas para a Treasure Island de São Francisco e o Exposition Park de Los Angeles, com ambas as cidades competindo para sediar o projeto. Em 2016, Los Angeles foi finalmente selecionada. Inicialmente programado para abrir em 2021, o museu sofreu atrasos devido à pandemia.

Com design orgânico, a construção se destaca pelo visual “espacial”. Suas curvas fluidas e bordas suaves contrastam com as linhas rígidas da cidade, criando uma experiência que mescla o ambiente urbano com referências a montanhas, nuvens e ondas. O edifício foi elevado no centro do terreno para manter a vista do entorno e formar uma ampla praça pública.

A sustentabilidade também é um eixo do projeto. O edifício contará com sistemas geotérmicos, captação de água da chuva, painéis solares no telhado, isolamento térmico e tecnologia de resistência a abalos sísmicos. A proposta é que a estrutura se torne parte de um sistema vivo, integrado ao parque ao redor, à cidade e à natureza.

Com cerca de 9.300 m² destinados a exposições e áreas públicas, o museu foi revestido com 1.500 painéis de polímero reforçados com fibra de vidro. A cobertura verde, projetada pela paisagista Mia Lehrer, terá relevos ondulantes, 200 árvores, vegetação nativa e atrações como um anfiteatro, um jardim suspenso e uma cascata que contribuirá para o resfriamento natural do complexo.

Fonte: Casa e Jardim

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish