Tecnologia & Inovação

Boston Dynamics mostra robô capaz de aprender comportamentos humanos

Treinado com dados de ações humanas, o robô agora aprende sozinho, adapta movimentos e executa tarefas antes vistas como impossíveis

Por Matheus Labourdette

A Boston Dynamics voltou aos holofotes nesta semana com a divulgação de um novo vídeo do Atlas, seu robô humanoide. Ele havia saído de cena por um tempo enquanto os engenheiros trabalhavam em melhorias, mas agora, ele reapareceu, e com novidades.
Em parceria com o Toyota Research Institute (TRI), a companhia desenvolveu o chamado Large Behavior Model (LBM). Essa tecnologia funciona como um “cérebro digital”, treinado com bases de dados de ações humanas. A ideia é permitir que robôs entendam comportamentos complexos do cotidiano, segundo informações do portal interestingengineering.

Isso agora acontecerá automaticamente, o robô irá aprender sozinho e ainda aprimorar seus movimentos com as informações que coletar. Segundo a Boston Dynamics, o LBM abre espaço para adicionar novas funções em máquinas como o Atlas sem a necessidade de escrever uma única linha de código. Isso representa um salto no desenvolvimento de robôs humanoides. Agora eles podem passar a receber atualizações comportamentais de forma quase instantânea, assim como acontece em aplicativos de celular.

Boston Dynamics divulga vídeo do Atlas

A Boston Dynamics divulgou em seu canal no YouTube um vídeo do Atlas executando tarefas até então entendidas como desafiadoras para robôs. Entre as ações, ele abre uma cesta, retira diversos objetos e os transfere para um cesto maior. Em seguida, é capaz de analisar a forma de cada item e colocá-los de maneira organizada em uma prateleira.

A demonstração também incluiu testes de resiliência. Durante a execução das tarefas, uma pessoa incomodava intencionalmente o Atlas, empurrando e criando obstáculos. Apesar de ser atrapalhado, o robô conseguiu concluir suas missões.
Para Scott Kuindersma, vice-presidente de pesquisa em robótica da Boston Dynamics, esse é apenas um vislumbre do futuro dos robôs de uso geral. Ele destaca que treinar uma rede neural para lidar com várias tarefas complexas de manipulação abre caminho para máquinas mais versáteis, capazes de atuar em situações diversas com precisão, destreza e força.

Já Russ Tedrake, vice-presidente de Modelos de Comportamento no TRI, reforça que a principal proposta de valor dos humanoides está justamente em sua versatilidade. Segundo ele, a programação tradicional não era capaz de escalar para a quantidade de tarefas necessárias. Com os LBMs, essa barreira começa a ser superada.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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